‘Mostra Aurora’ expõe os riscos do radicalismo

Principal vitrine da produção autoral independente no País, a Mostra Aurora, menina dos olhos da Mostra de Tiradentes, desembarca pela segunda vez na cidade com uma programação de curtas e longas que inclui os vencedores do evento ocorrido em janeiro, em Minas. A programação prossegue até dia 30 no Cinesesc com exibições e debates. Um deles homenageia o crítico Jean-Claude Bernardet, cada vez mais investido na função de ator.

A Mostra Aurora vive um momento delicado. O discurso radical contra o mercado visa resguardar o cinema de autor, mas o problema é que nem tudo na Mostra Aurora possui a mesma qualidade estética e seu modo de fazer arrisca cair numa fórmula como qualquer outra. A rejeição em bloco do mercado ignora que ele tem um nicho para o cinema experimental. Alain Resnais produziu para o mercado até o fim. E foi um grande revolucionário da linguagem. Entre os programas imperdíveis estão – A Vizinhança do Tigre, de Afonso Uchoa, vencedor da Mostra Aurora, Amador, de Cristiano Burlan, e Branco Sai Preto Fica, de Adirley Queirós. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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