Madri rende tributo à arte norte-americana

Los Angeles, como diz a curadora independente norte-americana Kris Kuramitsu, é uma cidade “grande, dinâmica e diversificada”. Esse foi o mote que a Arco – Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri escolheu para colocar, de forma inédita, uma cidade, e não um país, como o destaque de sua atual edição, a 29ª, que abriu suas portas ontem para colecionadores e convidados, e hoje será inaugurada oficialmente, com a presença dos Príncipes de Astúrias (Felipe e Letizia, da família real espanhola).

“Los Angeles é a cidade ideal para os artistas”, diz outra norte-americana, Wendy Waldron Brandow, sócia da Galeria Margo Leavin, a mais antiga da cidade, aberta na década de 1970. A conjunção de boas escolas de arte, museus e centros culturais e um custo mais baixo de vida, relacionado à meca da arte mundial (Nova York), possibilitaram que os artistas ficassem mesmo por L.A. Wendy cita que o consagrado artista conceitual John Baldessari, nascido na Califórnia em 1931 e que no ano passado ganhou o Leão de Ouro da 53ª Bienal de Veneza, nunca quis sair de lá. Sem contar outros criadores, que mesmo não nascidos em Los Angeles, resolveram se mudar para a cidade.

A Arco se estenderá entre amanhã e domingo e receberá o público nos pavilhões 6, 8 e 10 do complexo conhecido como Feira de Madrid, na capital espanhola. Evento tradicional, realizado anualmente desde a década de 1980, este ano conta com a participação de 218 galerias de 25 países (dentre elas, sete brasileiras) e faz sua homenagem a Los Angeles, representada por 17 galerias da cidade e de Santa Monica, selecionadas pelos curadores Kris Kuramitsu e Christopher Miles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.