Livro conta história do urbanismo em Curitiba

Um livro que interessa não apenas aos profissionais da arquitetura e história, mas aos curitibanos curiosos com o passado da cidade. Os planejamentos e ações de urbanismo executados em Curitiba desde 1917 até o começo da década de 90 estão presentes no livro do arquiteto e historiador curitibano Irã Taborda Dudeque.

A publicação foi dividida em três momentos: a epidemia de febre tifóide em 1917, passa pelo plano Agache na década de 40, e prossegue até a inauguração do Museu Oscar Niemeyer, em 2002.

No primeiro momento, Dudeque conta que uma epidemia causada pela falta de higiene motivou os primeiros passos urbanísticos planejados na cidade. “Curitiba era muito pobre em 1917. Naquele ano, houve uma epidemia causada pelo sistema de distribuição de água. A partir disso, cria-se um sistema urbano com forte preocupação sanitária. Poços, fossas e chiqueiros deixam de existir na capital”, explica.

Outras ações urbanísticas decididas entre 1917 e 1940 ainda podem ser vistas atualmente em Curitiba. “Registramos também um crescimento de malha de xadrez. Na região Visconde de Guarapuava até a Avenida Presidente Kennedy, por exemplo, praticamente todas as vias são paralelas ou perpendiculares. Essa é uma característica da época”, ressalta.

Já entre 1940 e 1960, Curitiba passou pelo plano Agache, uma estratégia governamental de Getúlio Vargas. “Esse plano tentava integrar o aspecto sanitário com o estético e circulatório. O plano previa o crescimento a partir do centro, mas isso revelou-se desproporcional à realidade curitibana”, diz.

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