King Kong, agora em o exterminador de dinossauros

d115.jpgA grande atração nas salas de cinema deste final de semana é a esperada estréia de King Kong. Nesta nova versão, dirigida por Peter Jackson (O senhor dos anéis), o gorila gigante aparece mais mortal do que nunca. Graças aos avanços tecnológicos, Kong aniquila dinossauros, amedronta homens, reina em uma ilha perdida e se apaixona pela bela Ann Darrow, interpretada por Naomi Watts. Seguindo o roteiro original, mas com um exagero nas cenas de ação, o longa metragem peca pelo excesso de duração, com três horas de filme.

A cena começa na Nova York dos anos 30s. Enquanto a jovem atriz de teatro Ann Darrow sofre para ganhar algum dinheiro nos duros anos da depressão norte-americana – a única proposta que encontra é para trabalhar em um cabaré, o entusiasta e diretor de cinema Carl Denham (Jack Black), conhece-a e lhe faz um convite para estrelar seu novo filme. Com ótimas tiradas cômicas e boas atuações, a seqüência agrada ao espectador trazendo apreensão para a entrada da estrela principal, King Kong. Antes dele, é Adrien Brody quem aparece no papel do famoso roteirista Jack Driscoll. Ao saber de quem era o roteiro que Denham iria dirigir, Ann aceita o papel e embarca junto com a equipe a bordo de um cargueiro, rumo a Ilha da Caveira.

Em diversas ocasiões o surreal diretor de cinema, Denham, rouba a cena, seja quando parte para a viagem enquanto era procurado pela polícia, ou em outro dos percalços que se depara para rodar seu filme. Com mais de uma hora de filme, o cargueiro, enfim, chega ao local das filmagens. Em pouco tempo todos percebem que o lugar, até então dado como abandonado, na verdade é habitado por uma tribo perdida, insetos gigantes e King Kong. O gorila se encanta pela jovem atriz e a seqüestra. Em questão de tempo, Kong se afeiçoa a Ann e passa a defendê-la dos perigos que a Ilha guarda. Em uma cena, o macaco luta contra três tiranossaros – um verdadeiro show de pancadaria e mordidas para todos os lados. Mérito para os efeitos especiais.

Para dar realidade ao gorila, Peter Jackson chamou o ator Andy Serkis, que realizou o mesmo trabalho feito com o personagem Golum, em O senhor dos anéis. A equipe de efeitos visuais ainda adicionou os movimentos de um gorila real ao King Kong. O filme começa a se alongar demais durante as cenas da ilha. Que a idéia era deixar o público de boca aberta já se sabia, mas a insistência nas batalhas na floresta se torna maçante. Os personagens rolando entre insetos enormes e tiros de metralhadora tornam as cenas muito fantasiosas. Enfim, como se esperava, os personagens principais conseguem se manter vivos, capturam King Kong, e o levam vivo para Nova York.

Na volta para a civilização, o gorila é levado como um prêmio a ser exibido pelo preço de um ingresso. O andamento do filme segue sem grande demora até a famosa cena em que Kong e Ann sobem no alto do Empire State Building. Como o personagem Carl Denham afirma nos momentos finais do filme, a bela matou a fera. Analogias à parte, o grandão até faz a bela Ann derramar lágrimas nas seqüências finais, quando aviões o metralham impiedosamente. No melhor estilo Peter Jackson, a ação rende momentos cômicos e ação em alto estilo. 

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