Juiz favorece editora em processo conta “O Código Da Vinci”

Um juiz do Tribunal Superior de Londres rejeitou nesta sexta-feira (07) o processo por plágio apresentado contra "O Código Da Vinci", de Dan Brown, e decidiu que não houve violação de direitos autorais.

Os autores Michael Baigent e Richard Leight abriram processo contra a editora Random House, por considerarem que Brown havia copiado a idéia central de "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", de autoria deles e publicado pela editora.

Brown, que não estava na corte, declarou-se satisfeito com o veredicto e disse estar feliz por poder voltar a trabalhar em seu novo livro. Seus opositores terão agora que arcar com uma conta judicial que pode chegar aos sete dígitos.

O juiz Peter Smith, responsável pelo caso, disse que não caberia a ele determinar se os reclamantes foram "extremamente desonestos ou muito tolos" e qualificou Baigent como "uma testemunha não confiável".

O resultado já era esperado por juristas, pois as leis de direitos autorais protegem mais a manifestação da idéia do que a idéia em si.

Smith vetou a possibilidade de apelação e determinou que os reclamantes arquem com 85% das custas judiciais da Random House, que poderiam superar a marca de um milhão de libras esterlinas, quantia equivalente a mais de 3,5 milhões de reais.

A Random House, editora tanto de "O Código Da Vinci" quanto de "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", manifestou a posição de que o caso nunca deveria ter sido levado aos tribunais.

Leigh, por sua vez, disse que ele e seu colega sentem-se justiçados. "Perdemos na letra da lei, mas creio que vencemos no espírito da lei", disse ele.

Um filme baseado no livro "O Código Da Vinci", dirigido por Ron Howard e estrelado por Tom Hanks, deverá estrear nos cinemas em 19 de maio.

Em Seul, um grupo cristão sul-coreano abriu hoje um processo para tentar impedir a distribuição do filme. Eles alegam que a história "distorce os fatos" e macula a santidade de Jesus Cristo.

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