José Barbosa da Silva, o Sinhô, é lembrado por Clodo

d82.jpgAs letras do antigo compositor Sinhô são resgatadas no CD Clodo Ferreira interpreta Sinhô. As primeiras gravações do autor surgem entre 1928 e 1931. Vaidoso e talentoso, o compositor registrava seu talento através de letras para o samba. Agora, o intérprete e compositor Clodo Ferreira lança um CD para tornar conhecida a obra do antigo compositor. Com suavidade e arranjos musicais que lembram a época de Sinhô, Ferreira contou com o trabalho de Fernando Machado (sopros) e João Ferreira e Alencar (violões).

Contemporâneo de Pixinguinha e Donga, Sinhô deixou mais de cem músicas gravadas em sua breve vida, a rápida passagem é motivo do anonimato nos dias de hoje. O esquecimento acaba quando uma de suas canções é interpretada, como exemplo, Jura. Conhecida por diversas gerações, a música já foi tocada em novela na voz de Zeca Pagodinho.

Com a mesma estética usada na década de 20, o CD faz uma viajem musical onde a cadência do início do século passado é mantida com a mesma graça antes alcançada. O trabalho teve início em 2003, em um show apresentado no Clube do Choro, em Brasília. O repertório abre com Meus ciúmes, seguido de Sabiá e Cansei. Com um total de 13 faixas, também aparecem Reminiscências do passado, Gosto que me enrosco, Confissões de amor, Que vale a nota sem carinho de mulher, Jura, Amar a uma só mulher, Professor de violão, Benzinho, A medida do Senhor do Bonfim e Maldito costume.

Sinhô, ou seja, José Barbosa da Silva, nasceu em 1888, no Rio de Janeiro. O compositor deixou como legado dezenas de canções, até sua morte aos 42 anos, em agosto de 1930.

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