Jogos Vorazes promete ser o fenômeno do ano

Detentora do recorde de público de 2011 nos cinemas do País – a primeira parte do episódio final de Crepúsculo, Amanhecer, fez 7,5 milhões de espectadores -, a Paris Filmes não obteve o que seria o destaque consequente. Favorecida pelos preços dos ingressos em 3D, a animação Rio, de Carlos Saldanha, faturou mais, mas a Paris já contabiliza o que espera que sejam outros 7,5 milhões de espectadores em novembro, quando a saga dos vampiros chegar ao fim. Na verdade, a distribuidora, e Márcio Fraccaroli, seu sócio majoritário e CEO, estão em outra.

Desembarca hoje, nos cinemas do Brasil, o filme que promete ser o fenômeno do ano – Jogos Vorazes. Embora Crepúsculo ainda não tenha esgotado seu potencial, Fraccaroli diz que Jogos vem para preencher o vazio dos fãs de Crepúsculo e também de Harry Potter, o bruxinho de outra saga – e outra distribuidora, a Warner – criado pela escritora J.K. Rowling. O cinema sempre teve séries, sagas, franquias, mas nos anos 2000, na esteira de James Bond, O Poderoso Chefão, Star Wars e Star Trek, surgiram novos títulos. Missão Impossível, O Senhor dos Anéis, ao mesmo tempo um evento artístico e comercial, O Homem-Aranha.

Crepúsculo conquistou o público adolescente e criou o maior mito (jovem) do cinema atual, Robert Pattinson. Harry Potter fez o chamado ‘crossover’ (de idades e classes sociais), mas o episódio final da série – com mais de 4 milhões de espectadores -, ficou bem atrás de Amanhecer, no País. Somados os ‘órfãos’ das duas franquias, chega-se a 12 milhões de espectadores, um número que, nos últimos anos, somente Tropa de Elite 2, de José Padilha, alcançou no Brasil. Fraccaroli se permite sonhar com a cifra extraordinária e arrisca – se for um fracasso (toc, toc, toc, ele bate na madeira ), Jogos Vorazes fará ‘mísero’ 1,5 milhão de espectadores (e já é um número a se comemorar).

Números, números, números. E o filme? “Como produto, é muito melhor do que o primeiro Crepúsculo”, define Fraccaroli e agora não é mais o comerciante de filmes quem fala. A Paris investe numa linha de entretenimento para faturar, mas a carteira da distribuidora contempla produtos mais sofisticados. A Paris ganhou dinheiro com o novo Woody Allen, Meia-Noite em Paris; lançou O Artista, do francês Michel Hazanavicius, que faturou o Oscar deste ano; A Dama de Ferro, que deu o Oscar para Meryl Streep; e Shame, de Steve McQueen, que, mesmo sem Oscar nenhum, é muito bom. A Paris não vai esperar e em 1.º de junho chega aqui o Roma de Woody Allen.

Com Jogos Vorazes, serão, a partir de hoje, 620 salas a lançar, em digital e película, o filme assinado por Gary Ross. Gary quem? Ator, roteirista e diretor, Ross fez, anos atrás, um azarão que disputou o Oscar, Seabiscuit. Já era um filme sobre uma competição – sobre um cavalo que superava seus limites e virava campeão, conduzido por um jóquei que também precisava superar seus medos (interpretado por Tobey Maguire). Gary Ross, um autor? Pois Jogos Vorazes também trata disso. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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