Fuentes-Léon revela relações culturais com o Brasil

A ideia de fazer o filme começou como um exercício numa aula do curso de cinema na Califórnia Institute of Arts, em Los Angeles, em 1996. Fuentes-Léon criou a cena em que o fantasma do pintor se revela para o pescador, na casa dele. “Desde o começo, a ideia era de um fantasma e de um triângulo amoroso”, conta.

Ainda que não tivesse se inspirado em “Dona Flor”, mais tarde, no desenvolvimento do roteiro, o diretor percebeu as semelhanças com a história e resolveu fazer uma homenagem a isso batizando de Dona Flor a tia de Mariela.

O filme ainda traz outras referências à cultura brasileira. “Quando eu era jovem, ainda vivendo no Peru, eu me lembro de ter visto muitas novelas brasileiras”, conta.

Assim, batizou de Isaura a personagem da jovem que tenta seduzir o pescador, imaginando que a mãe dela teria sido fã das nossas novelas. Fuentes-Léon também rendeu homenagem ao ator Lauro Corona, morto em 1989, colocando na trama cenas da novela “Direito de Amar”, de 1987, na qual ele atua. O diretor esteve no Brasil no ano passado, durante o 18.º Festival Mix Brasil, do qual “Contracorrente” participou e ganhou o prêmio de melhor longa-metragem na escolha do público.

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