Estão abertas as inscrições para o Congresso Nacional de Cerâmica

O tradicional Salão Paranaense de Cerâmica cresceu e mudou de nome. A partir deste ano o evento bienal será conhecido como Salão Nacional de Cerâmica – em sua primeira edição. A mudança, que também se estendeu para o seminário que agora ganhou status de Congresso Nacional de Cerâmica, já pode ser sentida no crescimento dos artistas interessados em participar que, em comparação ao ano de 2004, triplicou no segmento popular, dobrou no design e aumentou 50% na parte artística, com uma participação efetiva de 346 artistas na primeira fase de inscrição.

O evento bienal de cerâmica será aberto oficialmente no dia 24 de maio na Fiep com a participação dos ceramistas selecionados e aqueles que foram premiados. Serão três prêmios – Governo do Estado, Secretaria da Cultura e Museu Alfredo Andersen – no valor eqüitativo de R$6 mil reais para as categorias design e artística. A categoria popular será subdividida em religiosa, decorativa ou utilitária e folclórica. Assim, ao invés de três prêmios, ela terá nove prêmios de dois mil reais. As menções honrosas serão de acordo com os jurados – e o número final depende de cada comissão. Os vencedores serão anunciados no dia 11 de maio.

Logo após a abertura do Salão, no período entre o dia 25 e 29 de maio – acontece o Congresso Nacional de Cerâmica com debates e oficinas voltadas para profissionais e estudantes da área. Ao todo serão oferecidas 26 oficinas para os três segmentos (*ver box) entre os destaques está uma que é voltada para os deficientes visuais. As vagas são limitadas e as inscrições já estão abertas no Museu Alfredo Andersen (R. Mateus Leme, 336 – Tel: 3222-8262 www.pr.gov.br/maa).

O Salão Nacional de Cerâmica e o Congresso Nacional de Cerâmica são uma promoção da Secretaria de Estadual da Cultura, Museu Alfredo Andersen em parceria com a Mineropar, Provopar, Secretaria de Estado da Indústria e Comércio e Assuntos do Mercosul e FIEP.

Programação das Oficinas do 1º Congresso Nacional de Cerâmica

Oficina 1: CHULUCANAS – Um jeito especial de fazer cerâmica
Máyy Koffler – SP
Oficina sobre a técnica do Paleteado. Técnica tradicional da cerâmica pré-colombiana, em especial, as presentes inicialmente na Cultura Vicús (Norte do atual Peru, florescente de 500 a.C. até 500 AD) e até hoje praticadas pelos habitantes locais.

Oficina 2: Cerâmica Popular – Temas folclóricos
Maria Cândido Monteiro Rafael – CE
Processo produtivo para confecção de peças em cerâmica, desde a preparação do barro até a pintura, focando o folclore nordestino.

Oficina 3: Engobes
Sylvia Goyanna – RJ
Interferência em peças cruas: possibilidade de cor, textura e relevos. Composição dos engobes e técnicas de aplicação :Pintura, Decoração embutida, "Sgraffito", Máscara de papel, "Slip trailing",

Oficina 4: Módulo, Multiplicação, Decomposição e Recomposição."
Norma Grimberg – SP
Propõe a exploração das possibilidades criativas na cerâmica escultórica através das formas multiplicadas em moldes pelo processo da fundição com barbotina, permitindo assim uma maior articulação de elementos que, por intervenções de cortes e moldagens artísticas, criam uma constante mudança na experiência espacial, estendendo-a assim, no tempo.

Oficina 5: Fabricação de Moldes de Gesso utilizados para reprodução de peças.
Risolete Bendlin – PR
Técnicas de fabricação de moldes que oferecem um leque de possibilidades para o ceramista artesanal ou industrial, facilitando a produção de uma determinada peça para sua comercialização. A partir de moldes fabricam-se todas as peças cerâmicas utilizadas no nosso dia-a-dia.

Oficina 6: Vidro a fogo
Ronaldo Gomes Domingos – SC
Confecção de objetos com vidro utilizando a técnica modelagem a fogo – Técnica de Murano – com base nos estudos do Curso na Área Vidreira do Mestre Italiano Mauricio Zane.

Oficina 7: Paneleiras de Goiabeiras
Rosemary Loureiro Amorim – ES
Vinda da Associação das Paneleiras de Goiabeiras – ES , Rosemary vai ensinar a arte de moldar manualmente as panelas de barro, típicas daquela localidade.

Oficina 8: Alta temperatura
Jacy Takay – SP
Construção de peças com argilas adequadas para temperatura alta, através de cordel, placas, formas, etc. Aplicação de esmaltes e queima.

Oficina 9: Cerâmica Mestre Zezinho
Zézinho de Tracunhaém (José Joaquim da Silva) – PE
Zézinho, Santeiro famoso de Tracunhaém em sua oficina vai repassar suas técnicas a ensinar o preparo da massa cerâmica com os pés, modelagem, queima em forno de lenha.

Oficina 10: Artesanato – expressão cultural
Maria Cheung – PR
Oficina prática de modelagem em argila e teórica, objetivando reconhecer o artesanato; pesquisar e identificar ícones culturais regionais; adequar e intervir ( forma, dimensão, função, etc).

Oficina 11: Modelagem em torno
Leí Galvão – Cunha SP
Oportunizar aos participantes a possibilidade de conhecer o uso do torno na produção de peças, assim como a utilização de interferências e texturas na valorização dos trabalhos.

Oficina 12: O Barro – princípio de um caminho que sempre se solidifica
Rosalvo Santana – BA
Ceramista famoso da região Maragogipinho na vem repassar sua teoria e prática na produção de objetos de cerâmica popular.

Oficina 13: Traços e Formas I e II – Cerâmica da Amazônia
Déo Almeida – PA
Promover nos participantes o fascínio pela cultura amazônica utilizando técnicas indígenas. Técnica do acordelamento e colagem, preparação de engobes, noções sobre grafismo.

Oficina 14: Construção de figuras com detalhes.
Arley Lopes – PR
Técnicas de modelagem para construção de personagens tipicamente paranaenses.

Oficina 15: Cor e Fogo – Raku – Raku Nu
Alice Yamamura – PR
Adquirir procedimentos e técnicas básicas da técnica do RAKU e do RAKU NU. Desenvolver análise crítica e a observação. Desenvolver atitudes estéticas no espaço plástico destinado à cerâmica.

Oficina 16: Cerâmica um novo olhar
Clara Fonseca – RJ
Público alvo: Deficientes Visuais
Oficina mista de sensibilização e modelagem para deficientes visuais e participantes videntes para compartilharem a experiência do tato. Desde a procura de ferramentas apropriadas até a desenvoltura necessária para o participante se locomover no ambiente de trabalho.

Oficina 17: Vidro – Técnica de Fusing
Loire Nissen – PR
Fornecer conhecimentos básicos da técnica de "fusing" em vidro, aplicada a criação de produção de objetos. Introdução ao mundo do vidro, sua aplicação na arquitetura, escultura e design; cálculo da curva de queima; confecção de formas; decoração do vidro e aplicação de texturas.

Oficina 18: O ceramista ecologicamente correto e a autonomia do "fazer cerâmico"
Tito Tortori – RJ
O objetivo dessa oficina é apresentar para os participantes, em linha geral, o método prático de formulação de esmaltes desenvolvidos pelo professor a partir de métodos de cálculo científico (químico).

Oficina 19: Ninho e casulo: uma possibilidade de criação
Rosana Bortolin – SC
Modelagem a partir da observação e valorização de imagens do cotidiano.

Oficina 20: Cerâmica na Educação
Fabíola Cirimbelli Búrigo Costa – SC
Público alvo: Professores de arte-educação
Conhecimentos téorico-prático, didático-pedagógico, estético-cerâmico, pela aproximação com o universo de produção desenvolvido no contexto escolar, buscando dialogar e refletir a partir das práticas vivenciadas e gerar
novas possibilidades pedagógicas em seu contexto.

Oficina 21: Fornos alternativos (somente pela manhã)
Antonio Luiz Paez – Argentina
Transmitir aos participantes a idéia que se pode queimar a cerâmica com elementos econômicos, muito fáceis de ser conseguidos, atingindo temperaturas de acordo com o material empregado, podendo obter efeitos decorativos altamente satisfatórios.

Oficina 22: Fabricação de lápis cerâmicos (somente pela tarde)
Antonio Luiz Paez – Argentina
Interessar aos participantes na fabricação e utilização de giz, crayons e lápis cerâmicos como outra forma de decoração, diretamente associado ao desenho.

Oficina 23 Criatividade em Design de superfície
Majoî Ainá Menezes Vogel – SC
Explorar o universo de possibilidades criativas para o design de superfícies cerâmicas, mais especificamente cerâmica de mesa e revestimentos. Panorama de tendências em design para produtos cerâmicos e espaço para desenvolvimento de padrões através da experimentação de técnicas criativas de representação.

Oficina 24: Esmaltes Cerâmicos
Flávia Vanderlinder – SP
Formulações e acertos de qualidade de esmaltes cerâmicos de baixa e alta temperatura. Síntese de Matérias Primas, Métodos de Preparação, Diversificação de Formulações, Soluções para diferentes problemas antes e pós-queima.

Oficina 25: Ninho e Casulo: uma possibilidade de criação
Rosana Bortolim – SC
Modelagem a partir da observação e valorização de imagens do cotidiano.

Oficina 26: Mosaico Cerâmico Artesanal
Zaira Ribeiro da Silva Piovesan – SC
Técnicas de aplicação em objetos decorativos planos e redondos e em outros suportes como painéis, paredes, pisos e móveis. Tipos de cortes, colagem, preparação e aplicação do rejunte e acabamento.

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