Esperanza Spalding faz apresentação no Sesc Pinheiros

Anos atrás, Chico Buarque declarou: “Qualquer um que se interesse por música brasileira vai passar por Guinga”. Entre os brasileiros que confirmam o que Chico disse (incluindo ele, parceiro de Guinga) estão letristas como Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro e Nei Lopes, intérpretes como Elis Regina, Clara Nunes, Nana Caymmi, Elza Soares, Leila Pinheiro, Fátima Guedes e Mônica Salmaso, compositores como Francis Hime, Alceu Valença, Sergio Mendes, Ivan Lins, Djavan e Lenine, além de uma série de instrumentistas (e também compositores) como Raphael Rabello, Hamilton de Holanda, André Mehmari, Antônio Adolfo, Paulo Sérgio Santos e Marcus Tardelli.

Entre os estrangeiros, destaque para o cantor e pianista francês Michel Legrand, o gaitista belga Toots Thielemans e o clarinetista italiano Gabriele Mirabassi. Agora, quem endossa a afirmação de Chico é a contrabaixista, cantora e compositora americana Esperanza Spalding, expoente da nova geração de cantoras do jazz americano. Depois de gravar em seus discos composições de Tom Jobim, de Vinicius de Moraes e Baden Powell, e de se apresentar com Milton Nascimento no Rock in Rio em 2011, ela demonstra sua admiração pela obra de Guinga, com quem se apresenta a partir desta sexta-feira, 17, até domingo, 19, no Sesc Pinheiros.

“Um amigo que toca comigo, o Ricardo Vogt (violonista e guitarrista brasileiro), me introduziu na música do Guinga. E com o convite de vir ao Brasil, me disseram: ‘Você pode tocar com qualquer músico do Brasil, com quem quer tocar?’. Eu escolhi o Guinga. Quem conhece Jobim, Baden, Milton, conhece o Guinga. São pessoas que estão buscando essas melodias, essas composições com um nível de criatividade muito grande”, disse Esperanza anteontem, no começo das três horas de ensaio entre os dois acompanhado com exclusividade pelo Estado num flat nos Jardins.

Foi o primeiro ensaio deles feito pessoalmente. Antes, há cerca de um mês, trocaram ideias via Skype para começar a definir as músicas do show. A comunicação entre os dois (ela nasceu em Portland, nos Estados Unidos, e ele, em Madureira, no subúrbio do Rio) transcorreu sem nenhum problema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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