Em busca da nova onda

Mirella Walesko jura que não é apenas mais um rostinho bonito na tevê. Falante e desinibida, a nova apresentadora do programa Super Surf, do canal a cabo SporTv, faz questão de enumerar seus outros atributos: se formou em Jornalismo no final do ano passado, fala inglês e espanhol fluentemente e agora está estudando italiano. "Para colocar a cara na tevê tem de ter conteúdo. Gente bonita tem muita por aí, mas programas de tevê são poucos", raciocina. Aos 23 anos, Mirella parece mesmo disposta a mostrar serviço. Tanto que não se contenta apenas em apresentar -participa de todas as etapas do programa, desde a pré-produção até a edição final.

Essa mania de dar pitacos já acompanha Mirella desde o início de sua carreira. Há três anos, ela estreou na tevê apresentando o documentário Um Outro Olhar sobre o Rally dos Sertões. O especial foi produzido pela KN Vídeo, mesma produtora do Super Surf, para ser exibido pela Directv. Em seguida, ela começou a apresentar o Rota 21, na Rede 21, programa que misturava viagens e esportes radicais, e continuou colocando o nariz onde não era chamada, mesmo sob o olhar torto de alguns produtores. "Sempre fui considerada aquela apresentadora chata. Mas, agora, tenho liberdade para dar palpites", comemora.

 Mirella realmente parece não ter do que reclamar. Ganhou aval para palpitar à vontade na produção do Super Surf antes apresentado pela modelo Maryeva Oliveira e continua unindo esportes a viagens, só que num ritmo menos frenético.

 Como a maior parte das apresentadoras do SporTv, Mirella também é modelo. Ela faz anúncios desde os 18 anos e chegou, inclusive, a fazer, em meados de 2004, uma campanha da DuLoren considerada polêmica. Mirella foi fotografada dentro do vestiário do Maracanã apenas de calcinha e sutiã, cercada de homens e com um microfone na mão entrevistando o ex-jogador de futebol Iran Gomes. Mas ser modelo nunca foi o sonho de Mirella. Desde criança, ela já queria mesmo trabalhar na tevê. Também pudera. Ela passou boa parte da infância pelos corredores da Globo e visitando os estúdios do Fantástico. Sua mãe era bailarina, chegou a dançar em algumas aberturas e seu pai foi diretor do programa. Mas ela garante que eles não facilitaram em nada sua carreira de apresentadora. "Esse contato só despertou o meu gosto pela tevê. Quando comecei, eles já não trabalhavam mais nesse meio", desconversa.

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