O jovem pianista destacou-se pela virtuosidade. Domingo passado o vencedor do grupo 6 (sem limite de idade) do XXIX Concurso Latino-americano de música promovido pelo Centro de Educação Rosa Mística, Eduardo Moreira, chamou a atenção do público e júri ao tocar a Mini suíte das 3 máquinas, de Aylton Escobar, e a difícil Polonaise Opus 53, de Frederic Chopin. Com uma interpretação emocionante aliada à boa técnica, o gaúcho de 23 anos atualmente participa de concursos e faz planos para o futuro. Sempre pensando em música, é claro.
Iniciando na música aos 6 anos de idade, em Porto Alegre (RS), Eduardo cursou quatro anos de piano clássico antes de interromper os estudos devido ao método de ensino linha dura de sua antiga professora. ?Fiquei desmotivado e parei de tocar por dois anos. Só voltei aos 12, tocando teclado?, afirma. Para a mãe de Eduardo, a facilidade do filho com a música surgiu ainda mais cedo. ?Ela conta que, quando estávamos em um hotel, aos três anos, fui brincar com um piano e as pessoas escutaram os sons de uma música conhecida, comigo tocando. Ela só não lembra qual era?, diz.
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| Ieda Matias entrega prêmio destaque ao jovem pianista. |
Depois da experiência com o teclado e do estímulo de um professor que era apenas três anos mais velho, aos 15 anos Eduardo volta ao piano e não pára mais. ?Devo muito a esse professor, graças a ele, hoje não imagino minha vida sem o piano.? Com 17 anos de idade, bons e maus momentos na música, o pianista ingressa no Bacharelado em Piano na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Nos próximos quatro anos o acadêmico estuda com a professora Maly Weisblum, e por fim se gradua com Catarina Domenici, em abril do ano passado.
Apaixonado pelo repertório romântico, e dedicando seis horas de estudos diariamente, Eduardo tem em Chopin, Liszt e Rachmaninov seus compositores prediletos. No currículo, diversos prêmios fazem crescer no jovem pianista o desejo de ser concertista e professor. Entre suas melhores participações estão os primeiros lugares no Concurso Nacional de Piano Milton de Lima (2002); Melhor intérprete de Bach, música contemporânea e revelação, em Pelotas (RS); Concurso Jovens Solistas, da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (2002) e Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica da Bahia (2003). Como solista, teve uma experiência com a Orquestra de Porto Alegre (2002) e outra com a Orquestra da Bahia no Teatro Castro Alves (2003).
?Atualmente o piano é minha profissão e meu hobby. Estou me preparando com os professores Sérgio Oliva e Ney Fialkow para prestar mestrado na Universidade da Carolina do Sul (EUA). A prova acontece em março de 2006?, afirma. Para ele, uma pessoa que quer sobreviver da música deve fazer de tudo um pouco. Por isso pretende dar aula, ser concertista e gravar CDs.