Concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná tem novidades

Neste fim de semana a Orquestra Sinfônica do Paraná estará apresentando um concerto às 10h30, no Guairão, com ingressos a 10 reais. No repertório está a estréia sul- americana do Concerto em Si bemol maior para Flauta e Orquestra, Op. 65, do compositor italiano, Giulio  Briccialdi.   

Além desta serão tocadas duas obras de  Mozart,  Concerto No. 2 em re maior para Flauta e Orquestra e Sinfonia No. 41 (Jupiter) em do maior.      

A regência será do maestro Roberto Duarte. Outra novidade será a participação do flautista italiano, Raffaele Trevisani, reconhecido mundialmente por seu estilo e musicalidade.

Trevisani iniciou sua carreira solo com I Solisti Veneti, executando uma série de concertos na Itália. Já se apresentou com diversas orquestras de vários países. Tocou em alguns dos principais teatros do mundo.

No Brasil já tocou com o Orquestra Sinfônica de Santo André apresentando a première mundial: "Concerto dell’Aria" escrito para ele pelo compositor italiano, Carlo Galante.

Em 2004 executou a première de Alberto Colla "Quasi una Romanza" para a flauta e cordas com a orquestra do Teatro Lirico de Cagliari e um novo concerto para a flauta, violino e orquestra de Hendrik Hofmayr com a Orquestra de Câmara da África do Sul, no Teatro de Pretoria na comemoração dos "dez anos da liberdade". Fez também a première do concerto da flauta de Stephen Yip com o Israel Strings Ensemble de Israel em Haifa, Tel Aviv e em Jerusalém.

Guilio Briccialdi

O compositor Guilio Briccialdi (1818-1881) nasceu em Terni na Itália.  Foi um dos principais e mais importantes flautistas do século XIX. Viveu sempre na pobreza, vagou por muito tempo pelas ruas de Roma até ser protegido por um cantor da Capela Sistina chamado de Ravagli, que lhe propiciou a função de professor. A partir daí sua carreira desenvolveu-se. Entre 1840 e  1845 desenvolveu na flauta uma chave B para o polegar, mecanismo ainda é usado na maioria das flautas.

Compôs diversas obras para flautas como:  3 concertos, Op. 19, 61 e 65; duetos para flautas, Op. 36, 88, 100, 118 e 132; numerosas fantasias, caprichos, romances, muitas canções, exercícios e estudos para flauta.

Roberto Duarte

Membro da Academia Brasileira de Música, ele é um dos maestros brasileiros mais reconhecidos no exterior. Em sua lista de prêmios consta o Prêmio Nacional da Música, concedido pelo governo brasileiro em 1996, através da Fundação Nacional de Arte ? Funarte. Também recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de Melhor Regente do Ano de 1994 e 1997 e o Prêmio Carlos Gomes como regente e revisor no campo da ópera de 2001.

Entre as orquestras que regeu estão Tonhalle Orchester Zürich, Orchestra G. Enescu, Moscow Chamber Orchestra, Slovak Symphony Orchestra, Moscow Chamber Orchestra, a Bruckner-Orchester Linz e a Orquestra Sinfônica di Bari. Foi regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Paraná. Durante as comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil, regeu a primeira audição mundial da Sinfonia 2000, de Ronaldo Miranda, e ainda apresentou sua versão da ópera II Guarany de Carlos Gomes, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Mozart – Concerto para flauta e orquestra em Re Maior – KV 314

Mozart escreveu este concerto inicialmente para oboé, no verão de 1777 para Giuseppe Ferlandis, oboista da capela de Salzburgo. Mais tarde transcreveu-o para flauta. O primeiro movimento introduz a flauta solo com uma escala que conclui com uma longa nota sustentada. Esse tipo de escrita era muito peculiar para os castrati com o objetivo de valorizar o fôlego e o virtuosismo do cantor. O acompanhamento da flauta solo é basicamente feito com a orquestra de cordas. O segundo movimento contrasta-se com o primeiro, pela delicada linha melódica. Já o terceiro movimento vem na forma de Rondo. O tema principal deste movimento serviu de motivo para a ária da ópera Rapto do Serralho.

Sinfonia Júpiter Nº. 41 em Do Maior, KV 551

Concluída a 10 de agosto de 1788, esta sinfonia forma um tríptico chamado de 1788, que inclui as últimas e principais sinfonias de Mozart. Completam o tríptico a Sinfonia em Sol Menor KV 550 e a Sinfonia Mi Bemol KV 543. O termo Júpiter, como é conhecida, somente foi usado depois da morte de Mozart, pelo empresário de Joseph Haydn, John Peter Salomon, justificando o equilíbrio perfeito em sua estrutura formal e pelas alturas espirituais que o compositor conseguiu dar. A forma estilística da sinfonia Júpiter representa o clímax da arte clássica sinfônica antes de Beethoven e é uma síntese entre a modalidade clássica e barroca da composição, em que as fugas são usadas como meios da extensão e de intensidade dentro do quadro formal da forma sonata clássica. Formada por quatro movimentos atinge seu clímax na Coda quando os temas soam simultaneamente. Neste movimento percebe-se a união entre a fuga e a sonata, ou seja, uma fusão entre a arte barroca e clássica.

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