Christian Boltanski abre exposição no Sesc Pompeia

“Sou um minimalista sentimental”, diz o artista francês Christian Boltanski. Em 2012, quando exibiu Chance na Casa França-Brasil do Rio, a obra, que o havia representado na Bienal de Veneza de 2011, tratava de uma engrenagem sobre destino e acaso. Agora, em São Paulo, ele coloca outra questão essencial de suas criações, o tema da vida e morte na instalação inédita 19.924.458 +/-, que será inaugurada nesta terça-feira, 8, à noite no Sesc Pompeia.

No espaço de convivência da instituição, 950 torres feitas de papelão e listas telefônicas traduzem a metrópole e sua população. Entre os milhares de nomes impressos, já não sabemos quem vive e quem já deixou de existir. Mais ainda, um flash de luz a cada dois minutos e 40 segundos indica que uma pessoa nasceu na cidade e um apagão a cada seis minutos expressa que alguém morreu em São Paulo. Depoimentos de imigrantes, projetados de 25 das torres da instalação, como totens sonoros, completam a obra.

No sábado, 5, à tarde, com vista para o mar de prédios da metrópole, no Terraço Itália, o artista afirmou que não quis reproduzir São Paulo na instalação, mas criar um retrato da “fragilidade da vida”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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