Bianca Rinaldi se tornou a “queridinha”das novelas da Record

Apesar do pouquíssimo tempo de casa, Bianca Rinaldi já pode se considerar a nova queridinha da Record. E com razão. Desde que protagonizou a nova versão de A Escrava Isaura, a atriz vive um caso de amor com a emissora. Hoje, aos 31 anos, protagoniza a novela Prova de Amor, apresenta o programa Ressoar, e divulga a novela; A Escrava Isaura no exterior já visitou dois dos onze países que compraram os direitos de exibição da novela. E melhor: aparentemente o amor é recíproco. Com contrato até 2007, Bianca também faz juras à emissora. "Só tenho a agradecer a Deus pelas oportunidades que eles me deram. Fico feliz por tê-las aceito porque nunca sabemos quando elas podem voltar. A exemplo da Record, também quero chegar longe", avisa.

Em sua sexta novela, a quarta como protagonista , Bianca vive uma personagem bem diferente das anteriores. No SBT, limitou-se a interpretar típicas heroínas mexicanas, como as surreais Mila, de Pícara Sonhadora, que morava numa loja de departamentos e se apaixonava pelo filho do dono do lugar, e Júlia, de A Pequena Travessa, que se vestia de menino para trabalhar como office-boy numa alfaiataria. Na Record, a sofrida Isaura não ficava atrás. Nas mãos do impiedoso Leôncio, fez trabalhos pesados na lavoura e chegou a levar chibatadas no tronco. "As personagens do SBT eram propositalmente surreais porque visavam atender o público infantil. Já a Isaura era tão boa, mas tão boa, que nem acredito que possa existir alguém assim", pondera. Já a obstinada Joana, de Prova de Amor, ressalva ela, " um tipo mais humano, crível. Talvez a mais humana que fiz até hoje", acrescenta.

A humanidade da personagem é tanta que ela vai viver um drama que aflige dezenas de mães em todo o Brasil. A exemplo do que Glória Perez fez em Explode Coração, de 1995, Tiago Santiago volta a abordar o tema do desaparecimento de crianças. Em Prova de Amor, Joana é uma médica que luta para encontrar o filho que julgava ter morrido no parto. Para conferir maior credibilidade à personagem, a atriz foi conhecer de perto as Mães da Sé, grupo de mulheres que dedicam suas vidas a procurar os filhos desaparecidos. Das muitas histórias que ouviu, a que mais a impressionou foi a da menina seqüestrada no próprio condomínio onde morava. "Ela precisava apenas descer um lance de escada, atravessar o portão e já chegava no outro bloco. A irmã mais velha, inclusive, ficou olhando da janela. Mas, até hoje, ela não foi encontrada. Dá para acreditar?", alarma-se.

Apesar de habituada a interpretar tipos sofridos na tevê, Bianca conta que resolveu fazer análise para desestressar. Com as sessões de terapia, aprendeu a se desligar do trabalho tão logo termina de gravar uma cena mais barra-pesada. "Hoje, já não levo mais personagens para casa", brinca. Fora do estúdio, porém, Bianca não tem motivos para tristeza. Ela é um raro exemplo de atriz que se firmou na tevê mesmo sem nunca ter feito novelas na Globo. Desde que despontou na emissora em 1997, como a professora de ginástica Úrsula de Malhação, nunca mais voltou para lá. "Não precisei da Globo para construir a minha carreira. Mas isso não chega a ser uma opção. Simplesmente aconteceu…", minimiza.

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