Artistas falam sobre o Re-favela

A arte é o alimento do espírito. Quem tem contato com ela sente-se pleno de luz e ganha forças para levar a vida, independente da dificuldade que esta imponha. A constatação é da cantora Rosa Maria, revelando detalhes de um trabalho feito desde 1978 na favela do Buraco Grande, em São Paulo. Rosa e mais um grupo de grandes nomes da MPB estão em Curitiba desde ontem para cumprir uma função social importante. Convidados pelo Projeto Re-Favela – formado por arquitetos que, em parceria com a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), estão realizando projetos arquitetônicos e de paisagismo para as ocupações da Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, e para a Vila Parolin, na capital -, os cantores realizam um grande espetáculo hoje no Guairão.

O Som do Re-favela, além de Rosa, terá a participação de Sandra de Sá, Leny Andrade, Lucinha Lins, Jair Rodrigues, Virgínia Rosa, Zezé Motta, Zé Luís Mazziotti e Tao do Trio. O show começa às 21h, com ingressos entre 10 e 30 reais. Os bilhetes estão à venda no próprio teatro. Durante o show cada artista cantará duas músicas, e no enceramento, uma canção em conjunto.

Para Virgínia Rosa, o trunfo do Re-favela é fazer com que o cidadão sinta-se valorizado, respeitado. “É como a arte, a música. Quem tem a oportunidade de assistir a um show sente-se incluído”, comparou. Lucinha Lins ressaltou o aspecto da participação dos artistas em shows beneficentes. “Crescer nessas horas é fundamental. Do mais simples ao mais nobre. O bom é estar junto e aprender a dividir”, disse, afirmando estar contente em ser chamada a participar do show.

Arrepio

A primeira personalidade a encampar a idéia do Re-favela foi Leny Andrade. Ela disse que a maneira como as pessoas têm benefícios em suas casas, recebendo o que é primordial, foi o que mais a sensibilizou. “Arrepiou e continua me arrepiando”, comentou.

A empolgação de Leny acabou contagiando Jair Rodrigues. “Estou convocando as pessoas para ir ao Guairão e ajudar o Re-Favela. Queremos não só o teatro cheio, mas lotado. Se Deus quiser partimos para uma segunda sessão.”

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