Administrador do Bolshoi investigado pela PF

Em operação realizada em três cidades ao mesmo tempo, a Polícia Federal "limpou?? os escritórios do empresário Antônio João Ribeiro Prestes, na última sexta-feira, dia 21 de janeiro. Ele e a mulher, Joseney Braska Negrão, supervisora da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, além de outras pessoas, são investigados por formação de quadrilha ou bando e peculato (apropriação indevida ou desvio de dinheiro público).

O mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal, começou a ser cumprido por volta das 9h e a ação só terminou no início da tarde. Documentos e computadores foram retirados da casa de Prestes e Jô Braska, uma mansão em um condomínio fechado no Bairro Glória, e do escritório de Prestes no Centro e da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville. A mesma ação foi realizada em outro escritório de Prestes em Curitiba e em três locais no Rio de Janeiro. O material será analisado por uma equipe de investigação e pela Polícia Federal. O objeto das buscas não foi divulgado, pois a ação corre em segredo de Justiça.

O Ministério Público Federal investiga a administração da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil há cerca de um ano. O procurador da República, Davy Lincoln Rocha, suspeita que Prestes tenha desviado verbas públicas para suas quatro empresas no exterior. Prestes e sua mulher podem ser acusados por improbidade administrativa e desvio de dinheiro público.

Além disso, o Ministério Público Federal questiona a existência da empresa Paramount Advisory Services, com sede em Dublin, Irlanda, que recebe o dinheiro de royalties e salários de professores russos, em nome do Balé Bolshoi de Moscou. Para o procurador Davy, a empresa é fantasma. Em três anos a escola recebeu mais de R$ 10 milhões de recursos públicos. Prestes e sua mulher já tiveram a quebra dos sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça.

Prestes conseguiu uma autorização judicial para viajar à Rússia no mesmo dia que uma comitiva da prefeitura de Joinville, encabeçada pelo vice-prefeito Rodrigo Bornholdt, acompanhado pelo secretário de Relações Internacionais, Roberto Colin, fará reunião com representantes do balé russo para discutir a situação da escola.

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