O Atlético acredita na juventude para fazer uma boa campanha no Brasileirão. A valorização da garotada formada em casa é a aposta da diretoria e conta com o apoio da torcida. Porém, a galera avisa: sem novos reforços, o Furacão pode se dar mal.
Para saber qual a expectativa da nação rubro-negra, a Tribuna ouviu dois apaixonados pelo Furacão e um conhecido ídolo da Baixada: o atacante Washington, artilheiro do time que assustou o Brasil e chegou às semifinais em 1983.
Washington está otimista com o futuro do Atlético. “O time tem uma base que fez uma boa campanha no estadual. Tem tudo para fazer um bom papel no Brasileiro. O ponto forte é o conjunto, que foi mantido, com o comando do Geninho”, avalia.
O arquiteto Guto Biazetto, 29 anos, concorda, mas ressalta a necessidade de novas contratações. “Acho que o Atlético tem uma boa perspectiva. Ser campeão é difícil, mas com alguns reforços pode brigar por uma vaga na Libertadores”, arrisca.
Já a professora Jéssica Andrade, 27, prefere não sonhar tão alto. “O elenco é fraco. Se perdemos alguns titulares, como Rafael Moura ou Wallyson, teremos dificuldades. Precisamos com urgência de duas ou três contratações de peso”, cobra.
Sangue novo
Para os atleticanos, a diferença entre uma participação discreta e uma grande campanha pode estar na prata da casa. Depois ver a garotada brilhar na Copa SP e ajudar o time na conquista do estadual, a torcida está ansiosa para ver o desempenho no Brasileirão.
“O time ganhou qualidade com a entrada do Wallyson e do Raul. São jovens de muito potencial, que deram uma cara diferente ao time”, comemora Washington.
Guto também aposta na molecada. “O Raul e o Alex Sandro são grandes opções para as laterais. Toda a gurizada que veio dos juniores tem muito pra mostrar. Mas eles precisam de um líder, um jogador como o Clayton, que pode voltar”, acredita.
Comando
A permanência de Geninho no comando é outra esperança dos atleticanos. Mas algumas opções do técnico já são contestadas. “Ele não pode voltar a errar como na escalação do time para o Atletiba. Foi teimoso com atletas como o Netinho e o Júlio César. Mas ainda tem crédito e conta com nossa confiança”, diz Jéssica.
“Ele tem tudo na mão”, diz Guto. “Conta com o apoio do presidente, dos jogadores e da torcida. Só depende dele. Eu acho que ele erra, como todo treinador. Não vale a pena mudar, mas ele precisa de alguém que o socorra quando faz alguma besteira, de um diretor de futebol forte”, avisa.
Favoritos
Na hora de arriscar um palpite para o campeão, Guto aposta com o coração. “Sou atleticano e tenho que acreditar no Atlético. Craque do campeonato? Aposto no Neymar, do Santos, mas também no Wallyson.”
Jéssica prefere a cautela. “Campeão é um pouco demais para o Atlético este ano. Acho que o título fica entre Inter, São Paulo e Cruzeiro. Já o craque deve ser o Ronaldo”, destaca.
Washington prefere ficar em cima do muro. “É muito difícil uma previsão. Temos muitos times fortes, como Inter, São Paulo, Palmeiras, Corinthians. Sempre torço pelo Atlético. E pelo Fluminense, onde joguei também”, conclui o artilheiro.