Vitória devolve vantagens ao Coxa e tira o Paraná do campeonato

O Coritiba teve uma noite de sonhos no Willie Davids. A vitória por 3 x 1, de virada, no clássico com o Paraná Clube encerrou com estilo a passagem da equipe por Maringá, garantiu a equipe como a melhor do Paranaense até o momento (conquistando o ?título? simbólico da primeira fase) e ainda igualou o retrospecto dos confrontos com o rival. Agora, em 72 partidas, cada time venceu 25 partidas, com 22 empates. Do outro lado, o Paraná terminou melancolicamente sua participação, perdendo uma partida que controlou no primeiro tempo, ao tentar jogar defensivamente. O quase renegado Nunes foi o herói do Alviverde, que enfrenta o Francisco Beltrão, domingo, às 19h, no Pinheirão.

Além de contar com um público melhor que das últimas partidas em Maringá (no total, pouco mais de duas mil pessoas foram ao Willie Davids), havia um clima de jogo – graças à presença dos torcedores que seguiram de Curitiba, tanto coxas quanto paranistas. A maioria alviverde viu sua equipe começar pressionando, mas logo no início da partida Renaldo – sempre Renaldo – abriu o placar para o Paraná, pegando o rebote de uma forte cobrança de falta de Messias que Fernando não segurou. Como já se sabia, o matador paranista poderia fazer muito por sua equipe.

Mas não conseguiria fazer milagres. A estratégia suicida do Tricolor começou a fazer água ainda no primeiro tempo, quando o Cori partiu para cima, ainda que timidamente. Flávio e a defesa tiveram que trabalhar muito. ?Eles têm um time muito técnico, mas acho que vamos segurar?, garantia Fernando Lombardi, no intervalo do jogo. ?Nós estamos dando muito espaço, não é assim que vamos conseguir alguma coisa?, reconhecia o técnico Lori Sandri.

?Precisamos nos movimentar ainda mais?, avisava o Delegado Antônio Lopes. E com movimentação, melhor preparação física e mais categoria, o Coritiba partiu para um segundo tempo quase perfeito. O Paraná foi encurralado, e os alviverdes pressionaram todo o tempo. Tanto que o empate veio ainda no primeiro minuto, em uma jogada de Nunes, que cruzou para Rodrigo Batatinha dividir com Fernando Lombardi e vencer Flávio.

Dali em diante, foi um massacre. O Coritiba deixou o Paraná sem ação (os visitantes chutaram uma bola no gol de Fernando, e aos 42 minutos), mesmo com Lori Sandri abandonando o sistema defensivo e colocando Marlon. Foi até pior, já que Nunes teve mais espaço e virou o jogo em lance individual. Para completar a festa coxa – e mais um fracasso tricolor -, Luís Carlos aproveitou-se do melhor rendimento físico, ?atropelou? a defesa adversária e marcou o terceiro. Ganhou o time melhor preparado, perdeu aquele que não teve de onde tirar forças.

CAMPEONATO PARANAENSE
Súmula
Local: Willie Davids (Maringá)
Árbitro: Carlos Jack Rodrigues Magno
Assistentes: Gilson Bento Coutinho e Gilson Pereira
Gols: Renaldo 13 do 1º; Rodrigo Batatinha 1, Nunes 24 e Luís Carlos 42 do 2º
Cartões amarelos: Alexandre, Reginaldo Nascimento, Marquinhos, Capixaba (CFC); Alex, Renaldo, Goiano (PR)
Renda: R$ 14.027,50
Público: 2.020 (1.572 pagantes)

CORITIBA 3×1 PARANÁ

Coritiba
Fernando; Rafinha, Alexandre, Reginaldo Nascimento e Rubens Júnior; Pepo, Luís Carlos Capixaba (Vágner), Marquinhos e Rodrigo Batatinha; Nunes (Luís Carlos) e Marciano (Laércio). Técnico: Antônio Lopes

Paraná
Flávio; Fernando Lombardi, João Paulo e João Vítor (Éverton César); Alex, Goiano, Messias, Thiago Neves, Hideo (Marlon) e Vicente; Renaldo. Técnico: Lori Sandri

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