Última rodada de uma fase ?inesquecível?

Termina, enfim, a primeira fase do campeonato paranaense. No papel, tudo certo – equilíbrio na classificação, disputa por vagas e pelas posições entre os oito primeiros e até a salutar marcação de todos os jogos para o mesmo horário, já que as oito partidas de hoje começam às 16h.

Mas para quem, vê a perspectiva é terrível. Há muito tempo não se via um campeonato tão confuso, com excesso de times e de jogos. Com diversas incursões ao Tribunal de Justiça Desportiva, que tomou algumas decisões inusitadas (como a realização de 17 minutos da partida J. Malucelli x Adap Galo, depois brecada pelo STJD).

E com o tribunal trabalhando depois do final da primeira fase no campo, pois haverá dois julgamentos na segunda-feira: o recurso da Procuradoria no caso do Paraná Clube, que pode ser punido por ter usado jogadores fora do prazo regulamentar de 66 horas entre duas partidas (que só aconteceu porque a FPF não tinha datas para realizar os jogos, talvez porque não acreditasse que o tricolor seguisse na Copa Libertadores); e o caso do WO da partida Iguaçu x Nacional, em que os jogadores do NAC foram praticamente obrigados a jogar depois de uma intoxicação alimentar.

E há fatos que vão entrar para o anedotário do futebol brasileiro – se Sérgio Porto e seu alterego Stanislaw Ponte Preta estivessem por aqui, poderiam incluir várias histórias para o Festival de Besteira que Assola o País (Febeapá). Como o próprio caso do jogo Jotinha x Galo, em que o árbitro esqueceu que precisa esperar todos os jogadores estarem em campo para dar a saída após um gol. Ou a onda de cartões repetidos, com os jogadores duplamente ?amarelados? permanecendo em campo.

Ainda tem as trocas de sopapos entre jogadores, como aconteceu entre Rio Branco e Paranavaí. E a incrível história da Portuguesa Londrinense, o clube que desistiu da própria cidade para jogar em Curitiba, coincidentemente no estádio da Federação. E sofreu por isso – os atletas tiveram intoxicação alimentar e atuaram em um estádio que tem uma horta, até com plantação de milho.

Mesmo assim, clubes e jogadores fizeram força para que a competição ganhasse em qualidade. Alguns, como Didi, Mikimba e Daniel Marques (Cianorte), Diego Silva, Alan e Bruno Barros (Londrina), Thiago e Edenílson (Paranavaí), Adriano, Amaral e Cipó (Adap Galo), Paulo Massaro e Roberto (Rio Branco), podem ser olhados com carinho pelos clubes da capital.

Em campo, todas as partidas têm importância – pela definição dos grupos da segunda fase, pela luta por uma vaga ou para escapar do rebaixamento. No Pinheirão, o J. Malucelli (que perdeu mando de campo por conta da confusão na partida com o Galo) precisa de uma vitória simples para se garantir, mas enfrenta o Cianorte, que tenta escapar de Atlético, Paraná e Coritiba na próxima fase. No Erick George, o Nacional quer vencer o tranqüilo Engenheiro Beltrão, que já escapou do rebaixamento. Se conseguir, o NAC vai mais animado para o julgamento de segunda, torcendo para a realização de um novo jogo com o Iguaçu – contando, é claro, com derrotas de Roma e Portuguesa Londrinense.

Também sem chances de cair, o Iraty recebe (no Emílio Gomes) o Paranavaí, outro que tenta fugir dos confrontos com os times da capital. O Rio Branco, já garantido, tenta subir na tabela contra a desesperada Lusinha, que precisa vencer para fugir da degola. A partida acontece no estádio Fernando Charub Farah, o Gigante do Itiberê. E Londrina e Cascavel se enfrentam no Vitorino Gonçalves Dias e precisam vencer e torcer por um tropeço do Jotinha.

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