Na estrada

Tricolor tem que se desdobrar para encarar cansaço de viagens

O elenco do Paraná Clube nem bem chegou a Curitiba e já está de malas prontas para a segunda viagem consecutiva na temporada. O problema não está somente em ter pouco tempo de treinamento entre uma partida e outra, e sim a grande distância que será percorrida até o domingo; dia que o elenco finaliza a maratona de três jogos longe da Vila Capanema.

Contando ida e volta de Recife (Santa Cruz), Campinas (amanhã tem a Ponte Preta) e Fortaleza (Ceará, no sábado), a delegação percorrerá 10.600 quilômetros. Isto corresponde a uma viagem inteira cortando todo o país, superior inclusive aos pontos extremos do Brasil que liga o Oiapoque (AP) ao Chuí (RS).

E para Campinas, o cansaço ganha novo companheiro – a estrada. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), não paga as despesas dos clubes quando a distância não superar 500 quilômetros (Campinas dá 476 quilômetros). Sendo assim, o Paraná optou por viajar de ônibus ao invés da comodidade de um avião e a viagem terá no mínimo mais quatro horas de duração, proporcionando um maior cansaço na delegação que segue hoje, após o treino da manhã na Vila Olímpica do Boqueirão. “Claro que preocupa o desgaste porque temos uma viagem complicada para Campinas. A mesma CBF marca jogos em um intervalo curto de tempo não paga o avião e teremos que ir de ônibus. Seria preciso ter bom senso na parte deles, pensando nos atletas e no espetáculo”, disse o técnico Claudinei Oliveira.

Mesmo com todos estes problemas, a comissão técnica, satisfeita com a determinação do elenco, não pensa em preservar jogadores para o confronto válido pela Copa do Brasil, diante da Ponte Preta. A explicação demonstra o interesse do clube em avançar na competição e a ideia é ter em campo, o melhor time tricolor. “Na Copa do Brasil não tem volta e temos que buscar a classificação. No sábado contra o Ceará até podemos pensar em preservar, porque o Brasileiro é longo e podemos reverter na frente. Na terça, é decisão e vamos colocar força máxima. Só não irá jogar quem não estiver em condição clínica ou está próximo de uma lesão’, avisou o treinador paranista.

O motivo para avançar a terceira etapa da Copa do Brasil convence fácil todos os interessados. Chegando a esta etapa, o Paraná garante R$ 430 mil só por entrar nos jogos. Outra motivação é o possível adversário – o Vasco venceu no primeiro jogo o Treze (PB) e isto aumentaria o interesse das duas torcidas e a grana viria com a bilheteria. Outro ganho seria a chegada de um possível anunciante somente para a partida contra a equipe carioca e aumentaria os ganhos nos confrontos.

Na partida de ida, realizada na Vila Capanema, empate por 1×1. Para passar de fase, o Paraná precisa obter uma nova igualdade acima de um gol ou uma vitória no Moisés Lucarelli.