Tricolor faz as contas para se manter na Série B

O sonho do acesso se desfez quase que por completo. O Paraná Clube terá dois meses de competição pela frente, onde o objetivo será a manutenção de uma distância segura para a zona do rebaixamento. Uma missão inglória para quem acreditava que, enfim, sairia da fila e novamente integraria a elite do futebol brasileiro. Erros estratégicos e uma dose de falta de sorte determinaram a derrocada do Tricolor, explícita nos números obtidos pela equipe.

Após 27 rodadas, o Paraná não conseguiu formar uma base sólida. Com Roberto Fonseca ou Guilherme Macuglia, o entra-e-sai foi constante e, diante de tantas modificações (de tática e de formações), o resultado foi um desempenho irregular tanto em casa quanto fora. O aproveitamento do Tricolor como mandante talvez seja o ponto de maior relevância para a queda da equipe na tabela de classificação. O clube conquistou somente 57,1% dos pontos disputados na Vila Capanema.

Numa média histórica, o ideal, para o acesso, seria um desempenho próximo dos 75%. No empate frente ao Vitória, na sexta-feira, o Paraná chegou aos dezoito pontos perdidos em casa (3 empates e 4 derrotas). “Não poderíamos ter vacilado mais uma vez. O gol que sofremos no início foi ridículo”, disparou o goleiro Zé Carlos. Na prática, houve aquela sensação de “déjà vu”. Exatamente uma semana antes, o Tricolor passava por situação semelhante diante do Goiás, levando um gol no primeiro minuto da partida. “É difícil você já começar o jogo correndo atrás do placar. Pelo menos, a equipe reagiu, na superação”, amenizou o técnico Guilherme Macuglia.

O treinador preferiu não relacionar o gol sofrido à mudança feita na zaga, com a troca de Brinner por Édson Rocha. “Minha ideia era dar maior velocidade pelo setor, pois o Édson é mais rápido”. Apesar da avaliação de Macuglia, não foi isso que se viu em campo, onde o zagueiro mostrou muita lentidão e uma perceptível falta de ritmo de jogo.

Com o revés, restou ao Tricolor a busca por uma sequência de vitórias capaz de assegurar um fim de temporada sem sustos. Para chegar aos 47 pontos – “número mágico” para se manter na Série B -, o Paraná ainda precisa de 11 pontos. No 1.º turno da competição, em igual período, a equipe conseguiu computar 14 pontos. Ao que tudo indica, o fim de ano paranista será melancólico, cumprindo tabela na Segundona e sabendo, de antemão, que terá que conviver com as mesmas dificuldades pela quinta vez consecutiva.