Tradicionalmente, prova é decisiva no ciclismo

São José do Rio Preto – A prova contra-relógio -que na Volta de São Paulo foi disputada ontem, em São José do Rio Preto – é uma das mais esperadas e decisivas das principais provas do gênero, como a Volta da França. Em meio a etapas longas e que testam a resistência dos ciclistas, ela avalia a capacidade de imprimir alta velocidade em trechos mais curtos.

Na quarta-feira, a velocidade média do pelotão no trecho de 173 quilômetros entre São Carlos e Bauru foi de 39,2 km/h. Já nesta quinta, nos 28 km em Rio Preto, saltou para quase 45 km/h.

A principal diferença da etapa contra-relógio é que cada ciclista perfaz o trecho sozinho, enquanto nas etapas normais eles largam juntos em pelotão e ganha o que chegar primeiro. Em Rio Preto, os 119 ainda na competição largaram em ordem decrescente de classificação. Os 99 últimos foram lançados um a um em intervalos de um minuto, enquanto os 20 primeiros saíram em espaços de dois minutos.

Além disso, os ciclistas profissionais usam roupas colantes, capacete mais aerodinâmico e bicicletas especiais nas etapas contra-relógio. São modelos com geometria mais lançada, que deixa o ciclista mais curvado, e pintura em teflon, para não deixar nada grudar na bicicleta, além da roda fechada. Tudo em nome da aerodinâmica.

Como a etapa costuma mudar muito a classificação, diversos ciclistas acabam se tornando especialistas nesse tipo de prova, como é o caso dos vencedores de ontem, os argentinos Jorge Giacinti (Memorial/Santos) e Matias Médici (Avaí/Florianópolis) e o brasileiro Pedro Autran (Data Ro/Blumenau).

"Eu estava de férias, duas semanas antes do Natal, quando minha equipe decidiu me trazer para a Volta. Foi porque eles sabem que sou bom no contra-relógio e viram que ele seria bem decisivo, me favoreceria", contou o brasileiro.

Voltar ao topo