Torcida atleticana só xinga técnico e time após o clássico

A exemplo do que aconteceu na estreia do Atlético, no Campeonato Paranaense, quando empatou por 1 x1 com o Rio Branco, a torcida atleticana protestou diante de mais um tropeço. Desta vez, além do próprio time, que tem média de idade de quase 20 anos, sobrou também para o técnico Arthur Bernardes, comandante do Ventania neste início de competição. O treinador atleticano foi considerado pelos torcedores um dos responsáveis pelo revés sofrido para o rival.

Arthur Bernardes, que começa agora a balançar no cargo, demorou para mexer no time e, quando o fez, tirou o meio-campo Zezinho, que era até então o melhor jogador do Atlético na partida, para colocar Harrison. Nesta alteração, aos 29 minutos do 2.º tempo, o coro de “burro” ecoou no Ecoestádio pelos torcedores do Furacão.

Antes, porém, todo o jovem grupo do Atlético foi alvo dos torcedores rubro-negros. No aquecimento, na entrada do time e durante toda a partida, a torcida não poupou os pedidos de raça à equipe. Os gritos de “tem que ter raça para jogar no Furacão” e “vamos suar, se não o bicho vai pegar” eram escutados a todo momento.

Com a confirmação da derrota para o Tricolor ao apito final do árbitro, veio o protesto que o torcedor atleticano está ficando acostumado a gritar: “Time sem vergonha”. No entanto, a diretoria, presente no estádio poupada inexplicavelmente.