De queixo caído

Torcedores gostam da nova Arena, mas apontam falhas

A expectativa e a ansiedade são as sensações que melhor podem resumir o ânimo do torcedor do Atlético ontem no evento-teste da Arena da Baixada. O jogo contra o Corinthians começava às 19h30, mas às 16h30 os portões foram abertos e muitos atleticanos já passavam pelas catracas.

As reações eram as mais variadas. Muitos pareciam não acreditar que estavam voltando para casa, agora totalmente reformada. A demora para chegar às arquibancadas era para observar cada detalhe. Muitos davam o primeiro passo dentro da Arena tirando foto. Depois, mais fotos com o gramado ao fundo. Alguns, percorriam o caminho do corredor até as cadeiras filmando o trajeto e outros andavam se benzendo.

Cada detalhe era elogiado, tudo parecia perfeito. O reencontro, quase dois anos e meio depois, era motivo para ser festejado. Torcedores não conseguiam ficar sentados no mesmo lugar. Era normal alguns levantarem e irem para outro setor, ou outro anel, para ver a nova Baixada por outro ângulo. Ao se aproximar do campo para ver a distância, ficavam ainda mais perplexos com a proximidade.

Só que nessas caminhadas os olhares passaram a ser outros e alguns problemas começaram a ser detectados. Em alguns banheiros, principalmente no setor da Brasílio Itiberê, faltou água nas torneiras. Já em outros faltou papel. A falta de acabamento nas paredes e no chão também foi motivo de reclamação.

Felipe Rosa
Torcida chegou cedo e ficou impressionada principalmente com a proximidade do gramado.

Filas nas lanchonetes e cadeiras sujas também foram falhas apontadas pela torcida. Mas, vale ressaltar o bom trabalho daqueles que orientavam os torcedores dentro do estádio, evitando que as filas fossem furadas e até mesmo que atrapalhasse a passagem dos demais. As informações também eram bem explicadas. Porém, eles também tiveram problemas. Como todo o estádio é fechado, as pessoas começaram a fumar nos corredores, o que é proibido. Era comum os orientadores pedirem para as pessoas apagarem os cigarros. Mas bastava eles irem embora para o problema voltar. Alguns foram escondidos fumar dentro dos banheiros.

Com a bola rolando, as atenções voltaram todas para o gramado. Mas, com o passar do tempo e com o time perdendo o jogo, os torcedores mais uma vez ficaram hipnotizados pela nova Arena e as fotos tomaram conta das arquibancadas. Alguns, insatisfeitos com a equipe, foram embora antes mesmo do apito final. Mas a grande maioria ficou mais um pouco, sem a mínima pressa de ir embora. Parecia que ainda não havia matado a saudade que pode apertar mais um pouquinho, uma vez que o novo reencontro pode ser somente daqui quatro meses.

Colaboraram: Roberson Jannuzzi e Gustavo Marques