Tocha olímpica começa viagem pelo mundo causando polêmica

A tocha olímpica continua provocando polêmica por onde passa. Em sua primeira parada na viagem pelo mundo, ela foi recebida nesta terça-feira (1) na cidade de Almaty, no Casaquistão, sob forte esquema de segurança – o temor das autoridades é de protestos contra o governo chinês. Enquanto isso, um jogador de futebol indiano, de origem tibetana, recusou o convite para carregar a tocha quando ela passar pela Índia.

Na cerimônia em que a tocha foi acesa, semana passada, na Grécia, já houve protestos contra o governo chinês – as críticas são pelo desrespeito aos direitos humanos na China e por sua relação conflituosa com o Tibete. Depois, na última segunda-feira (31), quando ela chegou a Pequim, o esquema de segurança foi tão rigoroso que ninguém pôde chegar perto da tocha.

Nesta terça-feira (1), mais de 4.500 policiais fizeram o esquema de segurança nas ruas de Almaty, para evitar qualquer manifestação. Assim, sem espaço para protestos, a passagem da tocha pela cidade do Casaquistão foi marcada por um clima de festa da população local.

Ao todo, a tocha irá percorrer 137 mil quilômetros por todo o mundo – o Brasil, dessa vez, não está no percurso -, até chegar a Pequim no dia 8 de agosto, para a abertura dos Jogos Olímpicos. Nesta quarta-feira (2), haverá a corrida de revezamento em Almaty, com trajeto de 19 quilômetros, e na quinta (3) ela segue para Istambul, na Turquia.

Protesto – Enquanto Almaty recebe a tocha olímpica, o jogador Bhaichung Bhutia, capitão da seleção indiana de futebol, avisou nesta terça-feira (1) que não irá participar da corrida de revezamento durante a passagem do artefato em Nova Délhi, no dia 17 de abril. Ele recusou o convite dos organizadores em protesto à ação da China no Tibete.

Budista, Bhaichung Bhutia nasceu numa região da Índia que fica próxima ao Tibete. Ele admitiu ser uma "grande honra" ter sido escolhido para levar a tocha, mas também disse que não podia aceitá-la. "Deploro com veemência a repressão e a tortura feitas pelas autoridades chinesas no Tibete", explicou o jogador.

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