Personagens

Teve cada figuraça nesse Campeonato Paranaense…

É possível contar a história desta primeira fase ainda inacabada do Campeonato Paranaense escolhendo alguns personagens. Gente que brilhou, que fracassou, que surgiu neste ano, que pode ter encerrado a carreira… As “figuraças” do Estadual apareceram em campo e no banco de reservas. E uma delas ainda nem participou da definição das vagas para as quartas de final, mas pode mudar absolutamente tudo.

Para o bem ou para o mal, Germano é o grande personagem do Paranaense até agora. O volante e capitão do Londrina, além de ser fundamental na boa campanha do Tubarão (que, é bom lembrar, tem o melhor rendimento em campo), teve na sua participação na estreia da equipe, a vitória sobre o PSTC, a grande polêmica do campeonato. Ele jogou de forma irregular, mas o clube alega que não foi informado do assunto. Assim, a classificação ganhou um asterisco ainda no início da fase, e a definição só acontece nesta quinta (31), no julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Outro destaque em campo foi o atacante Kléber. Talvez o mais conhecido dos jogadores que disputam o Estadual, o Gladiador prometeu no início de 2015 que faria mais gols. E por enquanto está cumprindo, sendo o artilheiro do campeonato com nove gols – e isso que ele desfalcou o Coritiba em algumas rodadas.

Bem menos experiente que Kléber, Safirinha também brilhou. Jogando por um salário mínimo e contando com a parceria do irmão Safira no Foz, o atacante é a revelação do Paranaense. Alia velocidade, altura (fez três gols de cabeça) e força física. Se continuar assim, vai ser disputado por times da Série A e B ao final do campeonato.

Já o veterano Alessandro, 38 anos, chegou ao Operário como estrela, mas acabou sucumbindo junto com o time, que acabou rebaixado. Talvez tenha sido a última vez que vimos o lateral jogando um Paranaense.

Além dos destaques em campo, há também o destaque “do campo”. Sim, a grama sintética da Arena da Baixada virou atração para os torcedores do Atlético e também para os visitantes, que tentavam todas as formas de adaptação possíveis para jogar no gramado artificial rubro-negro.

Sem jogar

No banco de reservas, brilhou acima de todos o técnico do Paraná Clube, Claudinei Oliveira. Ele lidera um grupo de bons profissionais – como Ary Marques (J. Malucelli), Ivan Alves (Foz), Rodrigo Casca (Toledo) e Reginaldo Vital (PSTC). A vantagem de Claudinei é ter sido contratado para segurar a onda durante o Estadual e ter força somente na Série B. Mas ele montou um Tricolor de qualidade, tanto que somou 21 pontos – e, se o Londrina realmente perder os pontos, será o melhor time da primeira fase.

Vítor não é técnico, mas sua presença entre os suplentes do Londrina foi outra polêmica do ano. A sua opção religiosa o impede de jogar ou treinar aos sábados, e por isso ele foi sacado do time e não terá seu contrato renovado para a Segundona.

O último personagem do Paranaense ainda não se manifestou em definitivo. Em anos anteriores, Domingos Moro garantiu a escalação de jogadores suspensos, salvou time de rebaixamento e foi a grande estrela dos tribunais esportivos. Nesta quinta (31), está nas mãos dele a possibilidade de uma reviravolta no campeonato.