Duas ?verdades? da Stock Car nas últimas semanas se confirmaram após a etapa de Tarumã, domingo. A primeira era a de Ingo Hoffmann, que avisara que trinta pilotos ficariam no ostracismo durante a fase do playoff – e, por mais que a organização se esforce, a Stock V8 virou uma categoria dividida em duas. A segunda era a de Giuliano Losacco – que, para variar, entra na reta final do campeonato vencendo, e já divide a liderança da temporada com Cacá Bueno.
Não é a primeira vez que Losacco mostra ser frio o suficiente para as decisões. Ano passado, ele virou um campeonato que parecia já decidido para Cacá Bueno. Agora, no playoff, o paulista acabou sendo o principal beneficiado pelo regulamento – não por possíveis ?esquemas?, mas pela compreensão mais rápida do que aconteceria nas quatro provas finais. Losacco administrou a classificação e, agora, parte para o título.
E o primeiro passo foi dado com segurança. A vitória em Tarumã não foi fácil, pois Cacá, Ingo Hoffmann e Valdeno Brito o pressionaram constantemente. Ingo chegou a assumir a liderança, mas problemas nos pneus (de novo) atrapalharam o maior vencedor da história da Stock. Além de tudo, Giuliano teve sorte, pois a ponta caiu-lhe no colo. ?Essa foi dura. Estou muito feliz, foi importante marcar estes pontos?, disse ele, que recebeu o troféu de Dunga, técnico da seleção brasileira.
Enquanto isso, os outros pilotos que participam do playoff sofriam. Felipe Maluhy e Cacá Bueno lutavam tanto para ganhar posições que acabaram tendo problemas com toques – Cacá terminou em quinto e Maluhy em oitavo. Guto Negrão acabou se dando bem, foi o sétimo, posição que também ocupa na classificação.
De resto, os que brigam pelo título ficaram para trás do 10.º lugar. Os paranaenses Alceu Feldmann e Rodrigo Sperafico foram 11.º e 12.º, respectivamente, seguidos por Antônio Jorge Neto. Ruim ficou para Hoover Orsi (21.º), Thiago Camilo (26.º) e Ricardo Maurício (33.º). Estes perderam uma das quatro chances para conquistar o título da Stock V8 – restam as provas de Buenos Aires (dia 29), Rio e São Paulo.
E, enquanto isso, outros 29 pilotos completaram a prova, mas de nada adiantou, pois o máximo que podem atingir é a 11.ª colocação ao final do ano. A medida da organização, nivelando todos os participantes no sistema de pontuação (não há distinção entre quem está ou não está no playoff durante a corrida) só serviu para fazer com que alguns tentassem mais que nunca aparecer entre os primeiros – a única chance que tinham para aparecer.