STJD acompanhará de perto o TJD-PR

O inquérito, aberto no início de janeiro a pedido da Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva – STJD – para averiguar irregularidades no Tribunal de Justiça Desportiva – TJD, do Paraná, foi finalizado pelo auditor processante Alexandre Quadros e entregue ao presidente do STJD, Rubens Approbato Machado, nesta semana. Nas investigações foram ouvidos testemunhos dos advogados Luís Teixeira e Osires Nadal, representantes do Engenheiro Beltrão; José Cúnico Bach, do União Bandeirante; e Helder Eduardo Vicentini, do Toledo; o presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares; o presidente do TJD-PR, José Roberto Hagebock; o procurador-geral do TJD, Adão José Laslowski; e o presidente da Federação Paranaense de Futebol – FPF, Onaireves Moura.

No documento, Quadros conclui que os clubes Toledo e Iguaçu foram agraciados pelo TJD ora com processos que eram julgados de maneira rápida para beneficiá-los, ora engavetando recursos ou perdendo prazos em processos que poderiam prejudicá-los.

A responsabilidade por essas irregularidades foi atribuída ao presidente do TJD – Hagebock – e ao procurador-geral, Laslowski, citados na denúncia. Diante dos indícios, a Procuradoria do STJD já efetivou a denúncia contra Toledo, Iguaçu, Hagebock e Laslowski.

Em anexo ao inquérito, o auditor encaminhou denúncias a serem verificadas pela Procuradoria. Uma delas seria a compra de vaga por um clube no Estadual de 2005 – com um cheque de R$ 70 mil – fato que está relacionado ao ?Caso Bruxos?. A outra é sobre um jogador que foi condenado duas vezes pelo TJD, por ter cometido uma única infração.

No inquérito, ainda constam orientações do auditor para que o STJD tome ciência. Dentre elas estão o fato do procurador-geral do TJD paranaense ser remunerado mensalmente pela FPF e a revelação de que o pagamento de taxas ao TJD do Estado deveria ser feita sempre em dinheiro e no balcão da entidade. ?Não há irregularidade nisso, mas, para maior lisura, o TJD poderia ter uma conta bancária para o recebimento do dinheiro?, disse Quadros.

A conclusão do auditor foi levada ao presidente do STJD -Approbato -, que deverá analisá-la e encaminhar para julgamento. Por se tratar de questões envolvendo o TJD, a denúncia deve retornar ao próprio órgão, que deverá efetivar o julgamento para não ?suprimir instância?. 

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