Só vitória sobre o Pausandu alivia barra de Cuca

Apesar de criticados, os jogadores do Coritiba saíram do foco das cobranças na semana passada. Durante os últimos dias, eles se transformaram em espectadores privilegiados da saraivada de críticas que atingiu o técnico Cuca com o auge após a derrota para o Goiás. Eles não gostaram do que viram e ouviram. E, sem propagar, planejam um desagravo ao treinador, conquistando uma vitória sobre o Paysandu, amanhã, às 20h30, em Belém, respondendo assim aos questionamentos sobre a capacidade de Cuca e sobre o próprio trabalho deles.

Para o goleiro Douglas, a situação vivida na terça incomodou. ?É complicado, porque a gente sabe o que se faz aqui no Coritiba, o quanto a gente trabalha. E também sabemos que muito dos resultados é culpa nossa?, comenta o jogador, que exemplifica com a derrota para o Goiás. ?O Cuca passou para a gente todos os detalhes deles, em que momento a gente precisaria ter mais cuidado, por qual lado seria melhor para atacarmos, onde teríamos que ter mais atenção. Estava tudo explicado, nós sabíamos o que ia acontecer?, garante.

Mas, então, por que não funcionou? ?Acontecem falhas individuais que não são culpa do técnico. O segundo gol do Tabata saiu porque eu estava adiantado e fui encoberto. Mas o Cuca nos avisou da jogada rápida no escanteio?, confessa Douglas, que não concorda com as críticas ao treinador. Renaldo, que passa pela sua segunda experiência como comandado de Cuca (a primeira foi no Paraná, em 2003), vai pelo mesmo caminho. ?O treinador não é o único culpado. Nós, jogadores, precisamos assumir a responsabilidade pelos resultados não estarem vindo?, afirma o centroavante, que admite que o jogo de amanhã pode ser ?oferecido? ao técnico. ?Ele merece a nossa ajuda. O trabalho está sendo bem feito e cabe a gente fazer a nossa parte, vencer e apoiá-lo?, completa.

O que seria bom para Cuca, para o Coxa e para o próprio Renaldo, que também vive momento delicado. O atacante vem sendo criticado por conta das más atuações, mas garante que está bem. ?Ao contrário do que falam, estou muito motivado e pronto para me recuperar?, avisa o ?puro sangue?, que  confessa estar agoniado com a falta de gols.

Time que entra depende da definição do adversário

Dificilmente o técnico Cuca confirma o time do Coritiba com antecedência. Ele ainda avalia duas opções táticas para montar a equipe que enfrenta o Paysandu, no Leônidas Castro, amanhã, com portões fechados. Ele testou, em Curitiba e em Belém, duas formações, uma com três zagueiros e outra com dois. A definição dependerá do que Carlos Alberto Torres fizer no Papão.

A preocupação de Cuca é com a segurança defensiva, principalmente nas bolas altas, afinal, o time paraense tem Róbson, um dos artilheiros do Brasileirão. ?Nós vimos algumas partidas do Paysandu e vamos escolher o que for melhor?, afirma o treinador coxa. Por isso, a tendência de escalação seria no 3-5-2, com o retorno de Vágner à defesa. A outra opção, no 4-4-2, não teria Douglas Ferreira, que perderia a posição para o armador Élton.

De qualquer forma, o time que jogará na Curuzu será mais ?calejado?, com os retornos de Ricardinho e Reginaldo Nascimento. ?Ainda tem gente fora, mas já ganhamos um pouco mais de corpo com estas voltas?, reconhece Cuca. Com Nascimento, principalmente, pois o capitão será o responsável por recuperar o equilíbrio defensivo, que ruiu sem ele tanto no clássico com o Paraná quanto na partida com o Goiás.

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