São Paulo chegou ao limite no campeonato brasileiro

O São Paulo chegou ao limite no Brasileirão. O elenco ainda cogita a – remota – possibilidade de brigar pelo título, mas o consenso é o de que o time não pode mais perder pontos, sob pena de prejudicar o desempenho da equipe no Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão. "Os jogos que tínhamos de perder, já perdemos, precisamos vencer o Atlético-MG (amanhã, no Mineirão), para voltar a embalar", diz o lateral Cicinho.

Na conversa que teve ontem com o elenco, o técnico Paulo Autuori deixou bem claro: é preciso esquecer, de uma vez por todas, a conquista da Taça Libertadores e voltar a atenção para o Brasileiro. "Ele nos disse que não temos passado, nem futuro. A concentração deve estar no presente, pois temos de nos recuperar", contou o atacante Diego Tardelli.

Prejuízo

Depois de cumprir o planejamento estabelecido na Libertadores, a comissão técnica do São Paulo retomou ontem as avaliações físicas dos jogadores. O objetivo é fazer com que o grupo chegue no auge do desempenho em dezembro, no Mundial da Fifa. "Porém, o time tem de se recuperar no Brasileiro", alerta Carlinhos Neves, preparador físico. "Se não, chegará um momento em que estaremos apenas disputando o campeonato, o que é muito ruim, também em termos físicos."

"Não se pode esquecer que o jogador é um ser humano, e esse relaxamento, essa letargia eram esperados. Eu pensava em quatro jogos, e já foram três, é hora de esquecer a Libertadores e voltar a vencer no brasileiro", afirma Carlinhos Neves, preparador físico.

Mesmo porque as vaias começam a aparecer. "A torcida do São Paulo é exigente mesmo com os jogadores, e isso é bom. Só que ninguém gosta de vaias. Eu fiquei aborrecido sábado, quando fomos vaiados, mas tento entender os torcedores", disse Cicinho.

Para o jogo de quarta-feira, contra o Atlético, em Minas o São Paulo não terá os titulares Lugano e Mineiro e o reserva Alê, suspensos. Alex e Renan estão escalados. Há ainda a chance de Edcarlos jogar no lugar de Souza.

Lugano e Mineiro, suspensos, não jogam quarta, em Belo Horizonte. A diretoria lança hoje os kits em homenagem ao goleiro Rogério Ceni. Serão apenas 618 unidades, vendidas nas lojas ao preço de R$ 618,00.

Tricolor tenta resolver caso Richarlyson

O São Paulo espera resolver nos próximos dias a contratação de Richarlyson. Há a possibilidade de o clube do Morumbi fazer uma parceria com o Santo André, adquirindo, então, parte do vínculo do jogador.

"Esta é uma possibilidade. Somos clubes parceiros e temos uma boa relação", revelou João Paulo de Jesus Lopes, diretor de planejamento do São Paulo, que não acredita na cessão de jogadores como Daniel Rossi e Vélber para que o negócio saia.

É a mesma posição de Celso Luís de Almeida, vice-presidente de futebol do Santo André. "Não temos interesse em jogadores do São Paulo. Estamos negociando, mas não há nada fechado", contou.

No centro de treinamento do São Paulo, Richarlyson estava muito animado ontem e esperava, inclusive, jogar domingo, contra o Juventude, em Caxias. "Tudo está adiantado, talvez eu já estréie", afirmou o jogador.

Jesus Lopes concorda com ele. "Quando contratamos um jogador, conseguimos regularizar sua situação em 24 horas. Se tudo caminhar, talvez ele jogue mesmo domingo", avisou o dirigente são-paulino.

A diretoria do São Paulo desmentiu qualquer interesse em Aloísio, atacante do Atlético Paranaense. "Eu queria o Aloísio quando ele estava na França, o ano passado. Agora, não", disse Juvenal Juvêncio.

Com reforços ou não, a sensação no Morumbi é de que o time precisa reagir rapidamente no basileiro.

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