O Paraná Clube mira, a partir do jogo desta noite, às 21h, no Durival Britto, a sua sobrevivência na Série B. O técnico Roberto Cavalo chegou com a missão de recuperar a motivação do grupo.
Precisando da vitória para se manter a uma distância segura da ZR, o treinador arrisca tudo num esquema essencialmente ofensivo. Trocando um zagueiro por mais um atacante, promete pressionar o Icasa desde o primeiro minuto de jogo. “A ideia é essa. Respeitando o adversário, mas sabendo que é jogo de seis pontos e temos que fazer valer o mando de campo”, disse Roberto Cavalo.
Diante da volta de Rodrigo Pimpão, o treinador optou por sacar o zagueiro Alessandro Lopes, posicionando o time num 4-3-3. “Temos jogadores de grande capacidade técnica, como o Pimpão e o Aquino. Então, vou usar o que temos de melhor”, justificou. Em muitos momentos do coletivo de quinta, a equipe contou com dois atacantes bem abertos, como verdadeiros pontas.
Aquino sabe que a presença de Pimpão por si só já torna o Paraná mais veloz. “Ele tem essa característica. Joga pra frente, buscando a tabela com rapidez”, comentou o artilheiro do clube. Anderson Aquino, com seis gols, já é o principal goleador tricolor nesta Série B.
“Vou procurar melhorar essa média, mas o importante é vencermos”, avisou. A ideia de Cavalo é aproveitar essa vocação ofensiva de Aquino e Pimpão para municiar um atacante de referência, no caso, Lima. “Em casa, devemos nos deparar com uma forte retranca. Eles utilizam três zagueiros e por isso acho importante ter esse atacante mais avançado na área adversária”, afirmou Cavalo, ao se definir por Lima, deixando William como opção no banco de reservas.
Apesar do esquema ousado, Cavalo cobrou do grupo uma melhor marcação. “Não é porque jogamos com três, quatro jogadores de frente que vamos dar espaços. O Jorge Henrique, do Corinthians, marca. O Conca, do Fluminense, marca. Então, se jogadores consagrados fazem isso, também podemos fazer”, exemplificou.
O técnico sabe que a tática ofensiva deve ser acompanhada de muita responsabilidade. “Todos têm que ajudar. Hoje, não dá mais pra jogar só com a bola no pé”, emendou o treinador.
A falta de pegada – evidenciada na goleada por 6 x 1 para a Lusa – foi o ponto mais cobrado por Cavalo nesses quatro dias de treinamentos antes de sua reestreia no comando do Paraná.
“Time que não marca, não vence. Então, se você toma seis gols, é porque há algo errado”. A goleada vexatória, que acabou determinando a queda da comissão técnica, também serviu como agente motivador para a opção pelo 4-3-3. “O esquema, em si, só dá certo com a participação coletiva. O Paraná jogou com três zagueiros, no Canindé, e levou seis. Temos que marcar bem e jogar, usando aquilo que temos de melhor”, arrematou Roberto Cavalo.
