Resultados foram bons para o Paraná

A rodada – apesar da derrota para o Palmeiras – não foi tão ruim para o Paraná Clube. Muito pelo contrário. Como São Paulo, Inter, Cruzeiro e Fluminense também perderam pontos, o Tricolor caiu só uma posição na tabela de classificação e segue a apenas cinco pontos do líder. A rigor, o dano maior foi a aproximação de Santos e Vasco, coincidentemente os próximos adversários da equipe de Caio Júnior. Jogos de ?seis pontos? que definirão a sorte do clube neste primeiro turno do Brasileirão.

O Paraná, depois da Copa do Mundo, soma três vitórias e uma derrota, com aproveitamento de 75%. Os pontos perdidos no último fim de semana apenas consumiram um pouco ?da gordura? que o clube armazenou. ?Temos um objetivo traçado até a 19.ª rodada, que corresponde ao término do primeiro turno. Não há motivo para mudarmos de postura apenas por uma derrota.

Até porque jogamos muito bem?, frisou Caio Júnior. Se mantiver o ?serviço? contra os times de Renato Gaúcho e Vanderlei Luxemburgo, o Tricolor recuperará uma vaga na zona de classificação à Libertadores e terá três jogos pela frente – contra Inter e São Paulo, fora, e São Caetano, em casa – para administrar essa posição. ?Vamos precisar, e muito, do apoio da nossa torcida nos próximos jogos. Como frente ao Cruzeiro, será um fator decisivo. Serão jogos dificílimos?, comentou o treinador, já estudando a estratégia a ser aplicada no domingo, frente ao Vasco.

Alguns pontos devem ser cobrados por Caio Júnior, com base no que aconteceu em São Paulo, no último sábado. O Paraná não sofria quatro gols em um jogo desde 28 de agosto do ano passado, quando o São Paulo aplicou 4×0 no último jogo de Lori Sandri à frente do Tricolor, em Maringá. ?Não é normal, mas há que se dar mérito ao adversário?, disse o treinador. Na sua avaliação, só ocorreram deslizes em apenas dois gols do Palmeiras.

No primeiro, uma indecisão na cobrança de escanteio facilitou a ação de Enílton e, no terceiro, o time foi pego fora de posicionamento ao perder uma bola no ataque.

Com cinco dias para armar o time, Caio Júnior pode até lançar mão de uma formação teoricamente mais ofensiva. Sandro foi elogiado por sua atuação no segundo tempo do jogo e Cristiano, após cumprir suspensão, é alternativa de velocidade para o ataque. Nas duas últimas partidas, Caio Júnior optou por um meio-de-campo mais coeso, formado por três jogadores com grande poder de marcação.

Costela tira Beto de combate

O capitão Beto pode ficar ?fora de combate? por aproximadamente um mês. Um exame preliminar realizado em Santos – para onde seguiu o jogador após o jogo frente ao Palmeiras – indicou uma fissura em uma costela. Se o diagnóstico se confirmar, exigindo repouso absoluto, o volante estará fora dos próximos sete jogos do Paraná Clube. ?Vamos reavaliá-lo nessa terça-feira. Só então teremos um diagnóstico?, disse o médico Milton Nagai.

Beto sentiu a lesão ainda no primeiro tempo do jogo de sábado. Seguiu na partida até 28 minutos da fase final, quando não suportou mais a dor. Mesmo com muitos jogadores para a posição no elenco, Caio Júnior pode ter dificuldades para armar o time. Goiano, com uma lesão no púbis, não volta aos treinos antes de trinta dias. Já Pierre segue se recuperando de uma torção de tornozelo e está sendo preparado para o jogo contra o Santos, dentro de doze dias.

No Palestra Itália, Felipe Alves entrou no time e teve bom desempenho. Mesmo sem ritmo de jogo – não atuava no Brasileiro desde 27 de maio (5×2, sobre a Ponte Preta) -, o volante manteve o nível de atuação do meio-de-campo. Sem Beto, o Paraná Clube perde uma de suas lideranças dentro de campo. O zagueiro Émerson assume a braçadeira de capitão e a missão de orientar a equipe dentro das quatro linhas. (IC)

Sul-Americana no Pinheirão

O Paraná Clube já oficializou: o jogo frente ao Atlético – no próximo dia 5 de setembro (19h) -, pela Copa Sul-Americana, será no Pinheirão. O presidente José Carlos de Miranda disse que em momento algum o clube pensou em recorrer ao Couto Pereira para a realização da partida. Confirmou ainda que o Coritiba não deve nada ao Tricolor em relação à negociação envolvendo o atacante Renaldo, no ano passado.

?Há um acordo verbal entre as diretorias, mas nada foi colocado no papel?, explicou Miranda. ?No momento da transferência do Renaldo, o Giovani (Gionédis) nos colocou o Couto Pereira à disposição. Apenas isso.? Com a aproximação de jogos de grande apelo, o assunto veio à tona.

No dia 20 de setembro o Paraná retorna à Vila Capanema, mas não poderá mandar no Durival Britto partidas da Sul-Americana. A Conmebol exige estádios com capacidade mínima para 20 mil torcedores e a ?nova? Vila terá apenas 16.700 lugares. (IC)

Voltar ao topo