Depois de acumular sete jogos sem vitórias e seis sem marcar gols, se contabilizadas partidas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, o Grêmio voltou a vencer na noite da última quarta-feira, quando bateu o Vasco por 1 a 0, em casa, e se manteve na terceira posição da competição nacional, com 57 pontos.
Após o duelo, porém, o treinador exibiu ironia ao rebater críticas de “meia dúzia” de torcedores gremistas, como ele definiu, que chegaram a chamá-lo de burro quando sacou Zé Roberto do time titular para promover a entrada de Maxi Rodriguez. Em seguida, pressionado, Renato colocou Elano, após pedidos da torcida, e tirou Kleber.
“Taticamente, a equipe foi bem, como foi nos outros jogos, o que faltava era o gol, e hoje (quarta-feira) ele saiu. O mais importante foram os três pontos, após um longo jejum”, disse o comandante, para depois ser irônico ao comentar os gritos de “burro” direcionados a ele por torcedores durante o confronto desta quarta.
“No Brasil temos mais de 200 milhões de torcedores, esse que é o problema, todo mundo é treinador, todo mundo. Mas vou dar uma dica: é só pedir emprego em um clube e ir lá para a beira do campo. Aí vai na beira do campo e ouve a torcida. Vão ganhar, inclusive, um bom salário. Ali, que escutem a torcida. Se eu vou fazer a opinião de cada torcedor… Eu tenho é que buscar o melhor para o meu time. A verdadeira torcida vem e aplaude. As vaias são de meia dúzia que trazem seus problemas de casa para o estádio”, disse o comandante, para também frisar: “O homem lá de cima não agradou todo mundo, e não vai ser o Renato Portaluppi que irá agradar”.
A impaciência de alguns torcedores também foi criticada pelo treinador, que exaltou o fato de que o time hoje está na zona de classificação para a Libertadores. “O torcedor quer que o time ganhe em dez minutos, 15 minutos, e nós temos 90 minutos para ganhar. Hoje (quarta) foi um jogo muito duro para a gente. Não adianta se desesperar. Temos quatro jogos para ir à Libertadores”, projetou.