A esperança ainda existe e os números sustentam o sonho do Paraná Clube de chegar à Libertadores. Depois de uma queda técnica preocupante -foram quatro derrotas seguidas – o time de Luiz Carlos Barbieri dá sinais de reação. Sem perder há duas rodadas e na 7.ª colocação, o Tricolor corre por fora na briga por uma das quatro vagas na maior competição do continente.
Os últimos resultados devolveram a confiança ao grupo, que já está focado no próximo desafio: o clássico frente ao Coritiba.
O rival não é propriamente um adversário direto, mas o resultado deste ?derby? define os rumos do Tricolor.
Uma vitória pode significar a arrancada que todos esperam nessa reaproximação ao pelotão que lidera a competição. No caso de um revés, a sonho ficaria comprometido e restaria ao clube a meta de confirmar participação na Copa Sul-Americana. Barbieri, animado com o rendimento da equipe frente a Brasiliense e Fortaleza, acredita numa seqüência de bons resultados para alavancar novamente o time na tabela do Brasileirão.
O caminho para o sucesso pode parecer complicado, mas torna-se menos tortuoso quando se utiliza como parâmetro os recentes números obtidos pelo Paraná. Com base no atual aproveitamento dos clubes que ocupam as quatro primeiras colocações do Brasileiro, o Tricolor se garante na Libertadores se repetir na reta final seu desempenho dentro e fora de casa. Nessa projeção, foram descartados os três primeiros jogos disputados em casa – quando o time ainda estava em formação, com reforços estreando a cada jogo – bem como a trágica passagem por Maringá.
Nas últimas sete partidas disputadas no Pinheirão, o Paraná conquistou seis vitórias e um empate. Caso repita a dose nos jogos que lhe restam, computará, em casa, mais 19 pontos. Como fora de casa seu aproveitamento é bom -47,62% – só precisaria manter essa performance nos sete jogos que disputará como visitante para atingir seu objetivo. No total, com mais nove vitórias e dois empates, o Paraná chegaria aos 71 pontos, que representa um rendimento superior ao que o Goiás, 4.º colocado, apresenta no momento.
Uma missão difícil, mas não impossível na análise do grupo paranista.
?O time se reencontrou e está fortalecido com a presença dos reforços contratados?, frisou Barbieri logo após o jogo em Fortaleza. ?Estou confiante numa evolução significativa nesta reta final. Superamos o momento de instabilidade e ainda acho que muitos clubes vão passar por oscilações?.
O técnico persegue, agora, uma seqüência de vitórias que permita ao seu time a aproximação das equipes que hoje ocupam as seis primeiras colocações no Brasileiro.
O Paraná tem pela frente confrontos diretos com Internacional, Corinthians, Fluminense e Santos, jogos que definirão a sorte do clube na competição.
Ingressos a vintão pro clássico
Os dirigentes esperam no clássico do próximo sábado -às 16h, no Pinheirão – um retorno financeiro capaz de equilibrar momentaneamente as finanças do clube. Tudo por conta do momento das equipes. Se o Paraná reencontrou o bom futebol e vem de duas boas atuações, o adversário vem de vitória e tenta entrar na zona de classificação à Sul-Americana. Motivos de sobra para casa cheia no duelo paranaense da 29.ª rodada do Brasileirão.
Os preços dos ingressos foram definidos ontem, com uma arquibancada custando R$ 20,00 e a meia-entrada a R$ 10,00. Serão 20 mil ingressos para a torcida paranista e 3.500 para os coxas. No primeiro turno o Paraná teve o mando do clássico contra o Atlético e mesmo com o mau tempo o público pagante foi de 10.826. ?Precisamos do apoio da nossa torcida. Fizemos investimentos e reforçamos o time. Agora,
é preciso a união de todos para que obtenhamos sucesso técnico e financeiro?, comentou o vice de futebol José Domingos.
Os ingressos começam a ser vendidos a partir de amanhã, em todas as sedes do Paraná (Capanema, Tarumã, Kennedy e Boqueirão). Mulheres, menores, idosos, estudantes e sócios pagam meio-ingresso, sendo que mulheres e menores credenciados pelo clube têm livre acesso. ?É importante que os torcedores dêem sua colaboração, nos ajudando também a melhorar a média de público do clube, que será critério para a divisão de cotas a partir do ano que vem?, lembrou José Domingos.