Rebeca Gusmão perdeu medalhas por apresentar DNAs distintos

O resultado do exame que apontou dois DNAs diferentes em amostras da urina de Rebeca Gusmão foi o que levou a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) a tirar as quatro medalhas que a nadadora ganhou no Pan do Rio – dois ouros, nos 50 m e 100 m livre, a prata no revezamento 4 x 100 m livre e o bronze no 4 x 100 m medley.

No primeiro comunicado, enviado ao Comitê Olímpico Brasileiro e divulgado na terça-feira, a Odepa fala ?em resultados analíticos adversos? para justificar a decisão de desclassificar a nadadora. Mas, numa segunda nota, esclarece que o motivo foi o caso da fraude do DNA.

?Foi feito o perfil hormonal das quatro amostras da atleta, colhidas durante o Pan, que indicaram um resultado anômalo para a amostra de 12 de julho em comparação com as demais. Por isso, o presidente da Comissão Médica (Eduardo De Rose)decidiu solicitar ao Laboratório Sonda um estudo do DNA das amostras dos dias 12 e 18 de julho?, informa o documento da Odepa, antes de explicar por que cassou as medalhas de Rebeca: a Corte Arbitral de Esportes (CAS) considera que organizações antidoping podem usar o DNA para evidenciar ofensa ao código da Agência Mundial Antidoping (Wada). ?A conclusão do Laboratório Sonda foi de que os DNAs de duas das amostras são distintos, provêm de doadores diferentes, o que indica a manipulação física da urina por parte da atleta e uma infração às regras antidoping?, diz o comunicado.

A defesa de Rebeca pretende provar que houve manipulação dos frascos usados para os exames de DNA e que a nadadora não teve espaço para se defender no caso da Odepa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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