Presidente do Engenheiro Beltrão faz queixa-crime contra árbitro

O presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares, apresentou queixa contra o árbitro Evandro Rogério Roman, que apitou domingo a partida entre a equipe do Engenheiro Beltrão e o Londrina, no Estádio do Café. O Tubarão venceu o jogo por 2 a 1, de virada.

Linhares afirmou que, ao cumprimentar o árbitro, que deixava o estádio, falou: ?Parabéns pelo serviço?. Evandro, recentemente incluído no seleto quadro internacional da Fifa, teria retrucado: ?Você está acostumado a comprar árbitros, agora acabou, acabou?. O dirigente disse ter pedido para Evandro repetir a acusação na frente do presidente da Comissão de Arbitragem, Afonso Vítor de Oliveira. O árbitro, segundo o cartola, falou novamente a mesma frase.

O Engenheiro encaminhou ontem ofício ao Tribunal de Justiça Desportiva pedindo enquadramento de Roman nos códigos 187 e 189 (ofensas morais). ?Também iniciaremos processo criminal para que ele pague pela sua conduta em acusar levianamente as pessoas, além de processo de um indenização por danos morais?, falou Linhares.

O presidente do Engenheiro Beltrão reclamou das decisões da arbitragem em vários lances, como um possível impedimento no segundo gol do Londrina e dois supostos pênaltis não assinalados contra sua equipe. Ele acusa ainda Evandro de ter recebido árbitros de Londrina em seu vestiário.

Evandro promete chumbo trocado

Carlos Simon

Evandro Rogério Roman não deixou barato e disse que também entrará com queixa-crime contra o presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares. O árbitro diz ter sido caluniado pelo cartola após a partida entre o Londrina e a Aereb.

O apitador conta que uma hora após o encerramento do jogo foi interpelado por Linhares na porta do vestiário dos árbitros. ?Ele me chamou de safado e disse que vim para fazer o serviço e fiz bem-feito. Tudo na frente do Afonso (Vítor de Oliveira, presidente da Comissão de Arbitragem da FPF) e de várias outras pessoas?, afirmou Evandro.

O apitador disse ter revisto os lances da partida pela TV e manteve a posição tomada em campo. ?Os pênaltis que ele reclama foram lances de interpretação. E quanto ao impedimento, é só congelar a imagem no momento do lançamento para ver que o jogador (Danielzinho, autor do segundo gol do Londrina) estava em condição legal.

Evandro ainda criticou duramente a atitude do dirigente. ?Chorar na boca do vestiário é resquício de um futebol arcaico. Se não gostou da atuação, que envie um ofício pedindo à Federação para vetar o árbitro tal. Errar é humano, mas mais humano ainda é encontrar culpados para seus erros?, filosofou.

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