Prass pede punição ao Nacional por racismo: ‘É um dos crimes mais repulsivos’

Fernando Prass apoiou nesta sexta-feira Gabriel Jesus, vítima de racismo na derrota do Palmeiras por 1 a 0 para o Nacional, no Uruguai, na última quinta-feira. O atacante foi blindado e não concedeu entrevista, enquanto o goleiro avaliou a situação como inadmissível e pediu uma punição severa ao clube uruguaio.

“É um absurdo e não vou dizer que surpreende. Ainda mais nos dias de hoje, onde nossa sociedade está tão maluca em termos de conceito e comportamento que nada mais surpreende. O que temos é lamentar, ter uma postura firme e mostrar que muito embora entendamos que isso aconteça, não podemos ser coniventes e separar da sociedade do bem pessoas que fazem essas coisas”, criticou o goleiro.

Prass espera que o Palmeiras não ceda e pressione para que o Nacional seja punido. “Temos de ter uma posição firme. Não sei qual vai ser, mas dificilmente temos visto posições firmes, que marquem, para condenar essas coisas, mas o Palmeiras vai defender seu atleta e qualquer pessoa que se sinta ofendida. Para mim é um dos crimes mais repulsivos que existe”, completou.

Ao final do jogo, dirigentes do Palmeiras entregaram para o delegado da partida imagens em que um torcedor aparece imitando um macaco em direção a Gabriel Jesus. O clube ainda emitiu nesta sexta-feira uma nota oficial lamentando o fato.

Embora tenha sido blindado para não dar entrevistas, Gabriel Jesus está tranquilo com o caso. “Ele tem cabeça boa. A cabeça ruim é de quem faz isso. O Gabriel tem consciência que é respeitado independentemente da sua crença religiosa, da cor ou origem”, explicou Prass.

Em relação a uma possível punição, o goleiro não acredita que tirar pontos do Nacional seja uma pena suficiente. “Não resolve. É uma questão ampla da sociedade. Passa muito por educação e a gente que é pai é o maior instrumento modificador disso. É importante olhar dentro de casa para ver a educação que está sendo dada para seu filho”.

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