Ponte Preta pega o Palmeiras preocupada com jogo aéreo e “efeito Chapecoense”

O que mais preocupa a Ponte Preta no jogo contra o Palmeiras, nesta quarta-feira, às 21 horas, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, pela 30.ª rodada do Campeonato Brasileiro é o “efeito Chapecoense” – a derrota com placar elástico por 5 a 1 dos paulistanos para a equipe catarinense, na última rodada. E quem fala, ainda de forma tímida, é o técnico interino Felipe Moreira, que pela primeira vez na vida vai dirigir um time profissional na beira do campo. Ele era auxiliar fixo do clube e vai ter esta chance depois da saída de Doriva para o São Paulo.

“Um time da força e tradição como o Palmeiras que perde como acontece em Chapecó, por 5 a 1. Com certeza vai entrar mordido. Não podemos entrar na pilha deles e mostrar nosso futebol”, previu Felipe Moreira, de 34 anos, que é filho do técnico Marco Aurélio Moreira, que inclusive começou na Ponte Preta e já dirigiu grandes clubes como o Palmeiras e o Cruzeiro, além de ter trabalhado no futebol japonês.

“O principal é o apoio da diretoria e dos jogadores, que me deram agora neste momento. Mas vejo como algo natural na minha carreira. Comecei a trabalhar fora de campo com 22 anos, quando pendurei a chuteira. Depois acompanhei meu pai no Japão e quando voltei fiz a faculdade de educação física”, relatou.

Junto com seu pai, como auxiliar, ele trabalhou na Ponte Preta, Cruzeiro, Vitória, Atlético Mineiro, entre outros. Depois trabalhou também com Mazola Júnior em vários clubes como Sport, Ipatinga e Bragantino. Mas ele reforça que seu objetivo é “continuar como auxiliar por um pouco mais tempo até seguir a carreira solo mais adiante”.

Quem deve dar o suporte técnico fora de campo é Eduardo Fratini, também prata da casa. A supervisão geral é de Gustavo Bueno, que é filho de outro ex-jogador do clube, o meia Dicá, que atuou, entre idas e vindas, por três décadas – 60, 70 e 80. Os dois conversaram bastante com os jogadores nos últimos dias, na tentativa de ganhar a confiança de todos.

BOLA PARADA – Nesta terça-feira houve uma movimentação leve com a volta do popular rachão, que seria um prêmio ao elenco pelo empenho nos dias em que trabalhou duro para aproveitar a paralisação do Brasileirão. Nos últimos dias, o “novo técnico” insistiu bastante nos treinamentos de bola parada, faltas e escanteios, principalmente no setor defensivo. “O Palmeiras tem como ponto forte o jogo aéreo (já marcou 26 gols de cabeça), então precisamos trabalhar para neutralizar suas jogadas”, alertou.

Sem perder há cinco jogos, com quatro vitórias seguidas e o empate com o líder Corinthians, a Ponte Preta soma 41 pontos e ocupa a nona posição. E calcula que precisa de apenas mais seis para atingir seu objetivo principal, que é a permanência na Série A em 2016. Ela tem a quinta melhor campanha como visitante. “A ideia é manter a mesma base do time, com exceção dos jogadores suspensos. O posicionamento também será o mesmo, apenas com Borges na frente e com os velozes Felipe Azevedo, posicionado pelo lado direito, e Biro Biro, pela esquerda”.

Em campo, Felipe Moreira não poderá contar com o zagueiro Ferron, que recebeu o terceiro cartão amarelo, e nem com o lateral-direito Rodinei, que foi expulso. Os substitutos, porém, já foram definidos e testados no jogo-treino contra os reservas da Portuguesa, no sábado passado. Jefferson entra na lateral direita e Fábio Ferreira na defesa ao lado de Renato Chaves. Além disso, o volante Fernando Bob volta após cumprir suspensão automática no lugar de Juninho. E vai formar o tripé com Elton e Cristian.

Voltar ao topo