Pelé participa de ação para o Hospital Pequeno Príncipe

Pelé bem que tentou. Mas não conseguiu atender o pedido dos organizadores do evento que o trouxe para Curitiba. Futebol, seleção e polêmicas também fizeram parte da coletiva realizada no Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe.

Desde 2005, o instituto reúne recursos para pesquisas, sobretudo em relação ao câncer de córtex adrenal e os transtornos neurocognitivos e comportamentais em crianças e adolescentes.

Parte desse investimento está acontecendo por conta do projeto Gols Pela Vida, onde cada gol feito por Pelé é transformado em uma medalha. São 1.283 medalhas comercializadas pelo valor de R$ 700 até R$ 3 mil.

“Através dos meus gols tive a oportunidade de ajudar as crianças do Pequeno Príncipe. Por isso, fico eternamente grato em ter a chance de colaborar através da minha atuação como jogador de futebol”, declara o apoiador do instituto.

Questionado sobre se os clubes de futebol não poderiam contribuir com iniciativas como essa, ele foi crítico.”Os grandes clubes deveriam fazer alguma coisa para eles antes, porque estão quase todos praticamente falidos”, afirmou.

“Acho um absurdo o Corinthians e o Flamengo, que têm as duas maiores torcidas, estarem falidos. Se fossem honestos na administração, só na venda de produtos eles montariam um time.”

Questionado sobre a proposta da Agência Mundial Antidoping (AMA) de realizar exames surpresas em jogadores de futebol, que é contestada pela Fifa, Pelé disse desconhecer o tema.

Segundo ele, os sorteios realizados nos jogos já seriam surpresas para os jogadores. Ao ser informado de que a intenção é fazer os exames a qualquer momento e não apenas em jogos, ele se mostrou admirado. “Aí não tem nada que ver com os jogos, aí é problema mais de polícia do que da Fifa”, acentuou.

Pelé falou também sobre seus atritos com Robinho, atacante do Manchester City, da Inglaterra. O ex-jogador disse que “tudo não se passou de um erro de comunicação”.

“Essa discussão foi um grande mal-entendido. Acredito que pelo momento de convocação para o jogo de domingo, criou-se esse atrito. O próprio Robinho já esqueceu essa história. É tudo uma grande especulação”, diz Pelé.

A discussão começou na semana anterior, quando Pelé disse que, atualmente, o número de jogadores envolvidos com drogas é pequeno, referindo-se ao caso com Maradona, craque da seleção argentina.

Na ocasião, Pelé afirmou que os escândalos e confusões que atingiram Robinho e Ronaldo também prejudicavam a imagem dos jogadores. Ao saber da declaração, Robinho aventou a possibilidade de processar Pelé. Mas ambos conversaram e resolveram a situação.