Futuro tricolor

Piazada do Paraná Clube aproveitou chances, mas nem todos devem ficar

Entre os garotos, Andrey foi quem mais se destacou e se firmou entre os titulares do Tricolor, apesar das oscilações. Foto: Jonathan Campos

A temporada mal terminou e o Paraná Clube já está planejando o próximo ano. Um projeto que, na verdade, se deu início ainda no Campeonato Brasileiro, devido às circunstâncias. Com o rebaixamento já quase que inevitável e com a saída do técnico Claudinei Oliveira, o Tricolor foi atrás de Dado Cavalcanti que, ainda com nove jogos no Brasileirão pela frente, passou a reformular o elenco e dar espaço para os mais jovens.

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Desde que chegou, o treinador afastou nomes de peso, como o zagueiro Cléber Reis, o meia Caio Henrique e o atacante Carlos, e passou a escalar a piazada oriunda da base paranista. E do limão se fez uma limonada.

O Paraná Clube não passou a vencer os jogos – pelo contrário, só conseguiu um triunfo -, mas vendeu caro os resultados, tendo uma outra postura e dando experiência aos garotos.

Alesson voltou de empréstimo do Cruzeiro ao Tricolor e se firmou entre as boas opções. Foto: Jonathan Campos
Alesson voltou de empréstimo do Cruzeiro ao Tricolor e se firmou entre as boas opções. Foto: Jonathan Campos

“Foi um ano ruim para o clube como instituição, mas foi importante para a base, para a garotada. Esses garotos vieram com raízes, com mais amor e paixão pelo clube. Os garotos aproveitaram muito essa chance. Eles mostraram sua qualidade, seu trabalho e serão valorizados por isso”, afirmou Dado.

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Entre os que se destacaram estão o volante Jhonny Lucas – que pode nem ficar para 2019 – o meia Alesson e os atacantes Andrey, Keslley e Rodrigo Carioca. Alguns tiveram momentos decisivos, mas também de falta de maturidade. O principal deles é Andrey, que fez o gol da vitória por 1×0 sobre o América-MG, deu duas assistências, mas também foi expulso duas vezes. Para o treinador, tudo faz parte do aprendizado e que isso será importante para o ano que vem.

“Faz parte da oscilação natural do jovem. Eles estão sendo testados e pouquíssimos são os jovens que possuem uma sensibilidade de na tomada de decisão definir o jogo. São pontos fora da curva. O que não pode fazer parte é inibir a tentativa deste atleta, restringi-lo de fazer um jogo agudo. Senão, no primeiro erro ele vai travar e não vai repetir”, disse o comandante paranista.

Keslley foi outro que agradou na reta final e pode seguir no time principal paranista. Foto: Jonathan Campos
Keslley foi outro que agradou na reta final e pode seguir no time principal paranista. Foto: Jonathan Campos

Além deles, outros nomes podem ser opções para a próxima temporada. Porém, a tendência é que poucos já larguem como titulares absolutos. O técnico não quer ver nos mais novos a responsabilidade por resultados melhores. Por isso, a tendência é que atletas mais experientes sejam o foco das contratações neste mês.

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“Vamos começar o ano com outra perspectiva. Queremos ser protagonistas e o protagonismo para todos os jogadores não cabe. É um peso muito grande nas costas deles. Tem que ter uma mescla. Nós mapeamos todos os jogadores do sub-19, vimos o sub-17, mas eles não podem ter o peso de resolver os problemas do Paraná. Os jovens nós já temos, mas agora vamos atrás dos mais rodados, dos mais cascudos, para ajudar esses jovens”, completou o treinador.

Até por isso, nem todas as revelações que fizeram parte do elenco na reta final do Brasileirão devem permanecer no grupo no Campeonato Paranaense. Segundo Dado, a escolha será criteriosa, até mesmo para os próprios jogadores seguirem sua formação sem pular etapas.

“O trabalho vai continuar sendo feito, como já vinha sendo feito. Em relação à quantidade de atletas, não posso dizer. O que posso afirmar é que deste grupo que temos aqui, do sub-19 tem jogadores que não disputarão a Taça São Paulo e vão ficar comigo para fazer a pré-temporada, enquanto outros vão para a Taça, faz parte do aprendizado. Alguns serão emprestados”, concluiu.

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