Amigos, amigos, negócios e opiniões a parte. Os primeiros atos do técnico interino Fernando Miguel no Paraná Clube provou, apesar da amizade fora dos gramados, a divergência de pensamentos com Fernando Diniz, que foi demitido no último final de semana depois de quase três meses de trabalho a frente da equipe. Com pouco menos de uma semana no comando do Tricolor, Fernando Miguel acabou com as improvisações e resgatou atletas que tinham problemas de relacionamento com o ex-comandante ou que estavam esquecidos dentro do clube.
“Vou procurar não improvisar. Jogadores em suas posições, trabalhar com os atletas. Eu pretendo não improvisar e usar o que a gente tem de acordo com as suas características. Temos um grupo bom e estou contente por ter assumido esse grupo de atletas e de profissionais. São pessoas que quase não tivemos problema nenhum e isso é de se admirar”, cravou Miguel.
Fernando Miguel, nos dez jogos que comandará o Tricolor na Série B, afirmou que vai usar muitas coisas deixadas por Diniz, mas garantiu que mudará um pouco o esquema. “O estilo que vinha sendo adotado é diferente, acho que é unânime. Muitas coisas boas vamos aproveitar, mas eu devo mudar o esquema um pouquinho, ajustar alguma coisa, mas bem pouco mesmo para que os atletas possam entender”, acrescentou o treinador.
Intensidade
Volante de muita marcação quando jogava, Fernando Miguel vai cobrar muita intensidade do time paranista daqui para frente até o final da Série B do Campeonato Brasileiro. “A minha palavra chave é intensidade. Jogador hoje que não tem intensidade não joga mais no futebol. Eu quando jogador era o famoso caça-craque. Não desistia nunca, marcava, caia, levantava. Cada uma dentro das suas características, eu fui um jogador intenso”, detalhou.
Fernando Miguel, apesar de ter assumido interinamente o comando do time paranista, não esconde que a sua ambição é de poder ser efetivado no comando do Tricolor também para a temporada de 2016.
“Com certeza eu tenho essa ambição. As coisas aconteceram muito rápido. Estou aqui há pouco mais de quatro meses como auxiliar. Tantos treinadores começaram dessa forma, como interinos, o negócio andou e hoje são o que são. Se a diretoria depositou essa confiança em mim e porque está vendo o trabalho do dia a dia e fico feliz com isso”, arrematou Miguel.
Exemplo
Com 36 anos, Fernando Miguel terá, nesta reta final de temporada no Paraná Clube, sua primeira chance como técnico em um clube profissional do futebol brasileiro. O ex-jogador do Tricolor admite que o técnico Tite, do Corinthians, é a sua principal inspiração para fazer o time paranista terminar a segunda divisão da melhor maneira possível. “Admiro o trabalho do Tite no Corinthians. É uma equipe bastante equilibrada, que toma poucos gols e também não é de fazer tantos gols, mas obtém resultados. É um treinador que eu admiro”, declarou.