Bola fora

Paraná Clube desperdiçou 2018 dentro de campo

Tricolor viveu momentos de angústia neste ano. Foto: Albari Rosa

Foram nada menos do que dez anos de espera. Um período de sofrimento, incertezas e até de ameaça de falência. O Paraná Clube retornou à primeira divisão em 2018 mas, em campo, teve uma temporada pra ser esquecida. Foi, na verdade, um ano desperdiçado dentro das quatro linhas.

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Mesmo com mais capacidade de investimento com o aumento das receitas de televisão, o Tricolor formou um time pouco competitivo, que acabou fracassando no Campeonato Paranaense, na Copa do Brasil e foi rebaixado na disputa da Série A do Campeonato Brasileiro.

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Um ano para ser esquecido. Mais do que isso, um ano para ser tomado de aprendizado pela diretoria do Paraná Clube. Mesmo com um fluxo de caixa maior, o Tricolor manteve seu histórico de trazer mais quantidade do que qualidade e o resultado foi visto em campo. Isto porque o percentual de acerto em 2018 foi muito mais baixo do que no ano passado, quando o Tricolor, na Série B, conseguiu retornar à elite do futebol nacional.

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Com a centralização do poder do departamento de futebol nas mãos do então executivo de futebol, Rodrigo Pastana, o Paraná trouxe mais de 40 reforços em 2018. Poucos jogadores deram certo e conseguiram se firmar. Assim, a alta rotatividade no time paranista e a falta de peças de qualidade refletiram em campo. O futebol apresentado foi fraco e os resultados foram ainda piores.

Em toda a temporada, foram apenas nove vitórias. Cinco na disputa do Campeonato Paranaense, quando o clube conseguiu chegar apenas à semifinal do segundo turno do torneio, e outras quatro em 38 partidas disputadas ao longo do Campeonato Brasileiro. Números que comprovam que o planejamento do departamento de futebol foi errado e precisa ser revisto para o ano que vem.

Em 2019, o Paraná Clube terá que fazer muito melhor do que isso, só que com menos investimento. Com a queda à Série B do Campeonato Brasileiro, o Tricolor volta a receber uma quantia menor. O presidente Leonardo Oliveira, reeleito para o próximo triênio, descartou a centralização do poder do departamento de futebol em apenas uma pessoa. O ex-goleiro Marcos e o executivo de futebol Mário André Mazzuco estarão à frente, junto com o restante da diretoria e da comissão técnica, da montagem do elenco, que passará por uma grande reformulação.

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Com mais cabeças pensantes e com as lições tomadas de uma temporada catastrófica no futebol em 2018, a meta é errar menos no ano que vem para recolocar o Paraná na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. O desafio será muito grande para que o Tricolor apague a péssima imagem deixada nesta temporada e possa voltar a brilhar em 2019.

Se dentro de campo o clube fracassou, fora dele, ao menos, a diretoria conseguiu estruturar um pouco mais o clube. O acordo do ato trabalhista feito com a Justiça do Trabalho contribuiu com o pagamento das dívidas e impediu que grande parte dos recebíveis fossem bloqueados. Assim, a diretoria, apesar do mau investimento feito na montagem do elenco, conseguiu melhorar as instalações do CT Ninho da Gralha, em Quatro Barras, e deixou um legado para os próximos anos.

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