Dificuldades financeiras

Paraná Clube admite atrasos nos pagamentos dos jogadores

Leonardo Oliveira admitiu que clube passa por dificuldades financeiras. Foto: Jonathan Campos

A Série B do Campeonato Brasileiro terminou no último final de semana, mas o Paraná Clube segue tendo dificuldades para acertar os salários do elenco nesta reta final da temporada de 2016. O presidente paranista, Leonardo Oliveira, confirmou que o clube está devendo o salário em carteira que deveria ser pago no quinto dia útil de novembro e os últimos dois meses de direitos de imagem – que corresponde à maior parte do salário do atleta.

Segundo informações repassadas pelo dirigente em uma nota oficial à rádio Transamérica, em contrato, o direito de imagem vence todo dia 15 de cada mês, mas ficou acertado com os atletas e o vencimento passou para o dia 30. Mesmo assim, o Tricolor confirmou que não pagou ainda os direitos referentes aos meses de setembro e outubro, que venceram nos dias 30 de outubro e 30 de novembro, respectivamente.

“As imagens vencem contratualmente dia 15 dos meses, porém há alguns meses negociamos e ficou convencionado com os atletas que o vencimento seria prorrogado para o dia 30. Desta forma, estamos com o salário em carteira que venceu no quinto dia útil de novembro e as imagens que venceram no dia 30/10 e 30/11 em aberto”, diz um trecho da nota.

Pelo menos via imprensa, esta é a primeira informação de atrasos salariais no Paraná Clube na temporada. Este sempre foi um problema recorrente das últimas gestões e que atrapalharam o Tricolor no decorrer das edições recentes da Série B, mas que foi sanada depois que o grupo Paranistas do Bem, representado pelo presidente Leonardo Oliveira e liderado pelo empresário Carlos Werner, ficaram à frente do clube.

Leonardo Oliveira garantiu que a diretoria já planeja a temporada de 2017 e está trabalhando para quitar os salários atrasados com os jogadores. “Estamos trabalhando intensamente para regularizar estas pendências com a maior brevidade possível”, concluiu a nota.

A atual diretoria paranista, que neste ano, nos bastidores, se preocupou bastante em quitar as dívidas trabalhistas do clube, acabou fechando o ano no vermelho mesmo tendo vendido o mando de campo contra o Vasco, na reta final da Série B, para a cidade de Cariacica, no Espírito Santo. Também durante a temporada, para potencializar suas receitas, o clube negociou os volantes Jean e Basso, além do atacante Robson, todos titulares, mas não conseguiu, até agora, pagar a folha de pagamento dos jogadores.