Um problema a menos

Gerente do Tricolor tem a promessa de que salários não vão mais atrasar

Edson dos Santos, o Neguinho, tem a carreira no futebol ligada ao Paraná Clube. Virou profissional no Tricolor, depois de ser mito no futebol amador. Começou como auxiliar e treinador na Vila Capanema. E agora retorna ao clube como gerente de futebol. E ele espera trabalhar sem a pressão causada pelos atrasos de salários, um problema recorrente nos últimos anos no clube. O novo dirigente admitiu que recebeu a promessa da diretoria comandada pelo presidente Luiz Carlos Casagrande de que os salários serão pagos em dia.

“Foi prometido que não terão mais atrasos e o que passou ficou para trás”, afirmou Neguinho, consciente que esse problema dificultou o time nos últimos anos na busca pelo retorno à Série A. “A diretoria nos passou que vamos trabalhar com os pés no chão e pagar em dia”, acrescentou.

Neguinho disse estar ciente da responsabilidade, contente ao voltar ao clube depois de oito anos e que já vem acompanhando alguns estaduais na busca por reforços para o Tricolor utilizar na Série B. Porém, mesmo consciente que o clube precisará de contratações, o gerente acredita que a base já foi formada nesse Paranaense. “Essa base já existe com o Luciano (Gusso). Vamos sentar com ele, ver as carências, e trazer jogadores que tenham o perfil de vestir a camisa e buscar títulos”, disse, confiante no acesso.

O novo gerente paranista trabalhará ao lado de Durval Lara Ribeiro, o Vavá, novo superintendente de futebol, e Fernando Miguel, gestor do futebol. “Eu já conheço o Miguel na época que eu trabalhava no clube e ele era jogador. Nós dois vamos estar mais perto dos jogadores, no dia-a-dia, além de analisar possíveis reforços e acompanhar quem poderá ser revelado nas categorias de base”, disse Neguinho.

Para o profissional, a sua indicação para o cargo tem a ver com o perfil que o clube procurava e não necessariamente pela amizade com Vavá. “Tem a ver com o próprio trabalho que eu fiz no Paraná e no Avaí. Eles estavam procurando um ex-atleta que conhecesse o perfil do clube e eu aceitei com carinho”, contou.

Apesar de ter atuado nessa função específica apenas no Rio Branco, que está no Torneio da Morte, Neguinho também chegou a fazer uma função parecida no Avaí.

Dinheiro direto no bolso

Buscando driblar os inúmeros problemas jurídicos que penhoram as receitas do Paraná, a nova diretoria do clube traçou um plano para poder contar com a ajuda financeira mensal que virá do grupo “Paranistas do Bem”. Segundo o presidente Luiz Carlos Casagrande, a verba vinda do grupo será repassada diretamente para jogadores e comissão técnica, não correndo o risco de ser retida pela Justiça. “Os 400 mil serão gastos somente no futebol paranista, com o pagamento dos salários feito direto a eles (jogadores e comissão técnica), sem passar nada pela instituição Paraná Clube”, afirmou.

Grupo apoiador

Para o presidente tricolor, com a reformulação administrativa não existe mais um grupo de apoiadores. “Não falamos mais em Paranistas do Bem. Eles são agora o grupo de trabalho do Paraná, que formarão a diretoria”, disse Casinha. O grupo terá um representante que vai lidar com o repasse do dinheiro e com a prestação de contas de sua utilização junto à direção paranista. “Todo dia 2 deve ser feito o pagamento e, até o quinto dia útil de todo mês, tem a reunião no conselho fiscal para prestação de contas”, revelou o cartola.