Que ano!

Diretoria do Paraná acumula problemas e vê poucos resultados em campo

Em um ano, Leonardo Oliveira não teve motivos pra sorrir e vem convivendo com muitos problemas. Foto: Albari Rosa

O primeiro ano de gestão do presidente Leonardo Oliveira no Paraná pode ficar marcado negativamente na história do clube. Um dos líderes do grupo “Paranistas do Bem”, que em março de 2015 assumiu o comando do clube depois da renúncia do então presidente Rubens Bohlen, Oliveira ganhou as eleições no final do ano passado, prometeu profundas mudanças, projetou o acesso como a principal saída para a crise financeira atravessada pelo Tricolor, mas o que se viu foram velhos problemas e o time paranista caminha para marcar seu pior aproveitamento desde que foi rebaixado à Segunda Divisão, em 2007.

Este, na verdade, é o primeiro ano que o Paraná luta diretamente contra o rebaixamento para a Série C. Uma possível queda poderia comprometer seriamente o futuro do Tricolor que, aos poucos, está se desfazendo das suas sedes sociais para exercer papel exclusivo de clube de futebol.

As mudanças realizadas, porém, pouco deram resultado. Apesar da atual diretoria estar trabalhando arduamente para quitar as dívidas do clube, sendo a maioria delas trabalhistas, em campo, o Paraná deixou muito a desejar. Próximo da ZR e com apenas 40% de aproveitamento, se mantiver este rendimento na reta final, não será rebaixado, mas ficará marcado como a sua pior participação na Série B.

A temporada de 2016, no entanto, começou com grande expectativa para o Paraná. Apesar de ter contratado pouco, o Tricolor, sob o comando do técnico Claudinei Oliveira, foi bastante competitivo no Campeonato Paranaense, bateu de frente com o Atlético, por exemplo, e por pouco não foi à final do Estadual. Mas a alegria e o entusiasmo do torcedor parou por aí, uma vez que na Série B a equipe caiu na realidade.

Mais do que a fragilidade do elenco, a falta de convicção da atual diretoria em adotar uma filosofia de trabalho e, sobretudo a demissão de Claudinei por divergências com membros da diretoria, foram ingredientes suficientes para a derrocada do Paraná. Assim, o sonho do acesso ruiu aos poucos e restou ao clube apenas lutar para permanecer na Série B.

“Isso é ruim. A gente queria estar brigando em cima nesta reta final. A gente tinha condições disso. Claro que o que aconteceu durante o campeonato, com o erro de algumas coisas, acabou dificultando nossa meta que era de estar brigando lá em cima. Vamos agora buscar terminar da melhor maneira possível o campeonato, para que pelo menos a torcida termine com orgulho da gente”, apontou o atacante Lúcio Flávio.

Das outras oito vezes em que disputou a Série B, a pior participação do Paraná foi no ano passado, também sob a gestão do grupo “Paranistas do Bem”, quando o clube terminou com aproveitamento de 41%. Por outro lado, o melhor ano foi em 2013, quando atingiu rendimento de 50% e foi a temporada em que chegou mais próximo de retornar para a elite do futebol nacional, terminando três pontos atrás do G4.