Decepção

Detalhes decidem jogo e Paraná Clube perde chance de encostar no G4 da Segundona

Marcos até tentou, mas o chute de Moisés foi indefensável. Era o primeiro gol do Vila Nova. Foto: Hugo Harada
Marcos até tentou, mas o chute de Moisés foi indefensável. Era o primeiro gol do Vila Nova. Foto: Hugo Harada

“Futebol é detalhe”. Na frase batida do atacante Guilherme Queiroz está a grande verdade da derrota do Paraná Clube nesta terça-feira (13) para o Vila Nova por 2×1, em plena Vila Capanema. Melhor durante grande parte do jogo, o Tricolor falhou na marcação em dois lances e foi derrotado. Mas saiu reclamando, e com razão, de um erro capital da arbitragem, que anulou um gol legal de Diego Tavares. Outro resultado ruim dentro de casa deixou o Paraná mais longe de voltar a sonhar com o acesso no Campeonato Brasileiro da Série B.

As duas falhas capitais foram os balizadores do domínio paranista. A primeira aconteceu aos três minutos do primeiro tempo. Ainda ‘fora de jogo’, o Tricolor deu espaço e o trio Fabinho, Patrick e Moisés fez bela jogada, com o último completando para o gol e abrindo o placar. Foi um susto tão grande que fez os donos da casa acordarem. Daí por diante o controle da partida foi todo tricolor.

No primeiro tempo, de uma forma mais desordenada, mas levando sempre perigo. Primeiro em uma jogada de Fernando Karanga, depois com Diego Tavares perdendo na cara de Saulo, e enfim no gol de empate – Nadson (que voltou a jogar bem) cobrou escanteio e Alisson cabeceou com força. Até ali, o empate era justo – há que se registrar que o Vila Nova tem um time bem arrumado, trabalho do técnico Guilherme Alves, aquele Guilherme centroavante do Atlético-MG. No final da etapa, Guilherme Queiroz ainda acertou a trave.

No segundo tempo, foi um massacre. Adiantando a marcação e apoiado na ótima atuação de Lucas Otávio, o Paraná foi controlando o jogo, a ponto de criar cinco oportunidades de gol em três minutos. Duas foram com Guilherme, que num dos lances obrigou o goleiro Saulo a fazer um milagre. E três com Diego Tavares, em um acertando a trave e na outra fazendo o gol, que foi erradamente anulado pelo assistente Vitor Carmona Metestaine e pelo árbitro Salim Fende Chavez. As câmeras da TV mostraram Diego atrás do último zagueiro do Vila. Um lance determinante para o resultado do jogo.

E o placar foi definido no único contra-ataque que o Tricolor permitiu aos goianos. Uma arrancada de Moisés só foi parada com falta por João Paulo. E aos 37 minutos Fabinho cobrou com perfeição, sem qualquer chance para Marcos. Dali por diante, mesmo cheio de atacantes o Paraná não conseguiu mais nada. O baque foi tão grande que Marcelo Martelotte sequer fez a terceira alteração (colocou em campo apenas Yan Phillipe e Lúcio Flávio). A torcida, que suportou a chuva e o vendaval para acompanhar o time, também murchou. Como se sentisse que o resultado – injusto, pelo domínio e pelo erro da arbitragem – fosse um golpe muito duro para quem quer lutar pelo acesso para a primeira divisão.