Alerta ligado

Após goleada, Roberto Fernandes admite que Paraná briga pra não cair: “Luz vermelha”

Tricolor cometeu muitos erros contra o Goiás e deixou Roberto Fernandes preocupado. Foto: Carlos Costa/Estadão Conteúdo

Nem mesmo a troca de treinador e a estreia de Roberto Fernandes no comando do Paraná Clube serviram para que o time interrompesse a série negativa na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, que agora já soma quatro derrotas seguidas e a aproximação perigosa com a zona de rebaixamento. Na quinta-feira (30), o Tricolor foi facilmente derrotado pelo Goiás, que construiu a goleada por 4×0 ainda no primeiro tempo. O comandante paranista, diante da realidade do clube, afirmou que o sinal de alerta está ligado e que a luta da equipe, nas dez últimas rodadas, será contra o rebaixamento à Série C do Brasileiro do ano que vem.

“Uma equipe que troca de treinador faltando dez rodadas é porque já entrou em momento de preocupação. Está muito mais para ascender a luz vermelha do que a luz amarela. A gente sabia das dificuldades e isso não será a primeira vez na minha vida. Estou acostumado e posso dizer ao torcedor que hoje tem que ter revolta, toda a desconfiança com relação ao futuro da equipe. Eles estão cobertos de razão, mas podem ter certeza que o importante não é como começa e sim como termina. Vamos procurar terminar os dez jogos de forma digna, sem esse risco de rebaixamento que hoje é iminente. Dependendo dos resultados podemos ficar a três pontos da ZR. Já não é luz amarela, ascendeu a luz vermelha e precisamos da mobilização de todos nós”, declarou ele.

Substituto de Marcelo Martelotte, Roberto Fernandes foi contratado para melhorar a situação do Tricolor, mas garantiu que não fará mágica. O comandante paranista afirmou que a atitude da equipe precisa mudar e ressaltou que falta ao time encarar o espírito da Segunda Divisão.

“Se eu fosse torcedor do Paraná estaria tão revoltado quanto. O que temos que fazer é trabalhar e buscar mudar. Uma equipe que, em setembro, está no seu terceiro treinador, é evidente que algo não vai bem. Sou treinador e não estou aqui para trazer soluções mágicas. Será preciso mudar, principalmente, a filosofia de trabalho e, agora, definitivamente a briga é pelo descenso. O que algumas equipes têm e está faltando para a gente é encarar o espírito da Série B e teremos que fazer isso nas dez últimas rodadas”, cravou o treinador, que terá pouco tempo para trabalhar o time para o duelo contra a Luverdense, terça-feira (4), também fora de casa.

“Você tem que aprender com os seus erros. A gente errou demais nessas quatro derrotas seguidas. O elenco precisa entender que tem que mudar a postura. Vamos trabalhar para mudar isso. O próximo jogo será complicado. Vamos chegar sexta-feira (30), treinar sábado (1) e já viajar domingo (2) para jogar terça-feira. Esse tempo não teremos. Vamos procurar conversar bastante com o grupo, avaliar bem e ver os atletas que estarão à disposição para, diante do Luverdense, ter uma postura bem diferente”, arrematou o técnico.