Um camisa 9 que voltou a encontrar o caminho do gol. A vitória do Paraná Clube por 3×2 em cima do Coritiba, no último sábado (8), no Couto Pereira, trouxe mais do que três pontos na disputa da Série B. O triunfo em cima do rival elevou a moral do elenco tricolor e fez com que o centroavante Jenison pudesse ter seu momento de redenção perante a torcida.
O jogador ficou sem marcar gols em sete partidas e ainda não havia balançado as redes na Segundona. Ele já estava sentindo o peso da cobrança, já que chegou à Vila Capanema no início do ano para ser o ‘matador’ da equipe. Durante o Paranaense e a Copa do Brasil, ele até mandou bem, mas já não marcava há mais de dois meses. Por isso, deixar o dele no Paratiba foi um alívio, que o mantém na artilharia do time nesta temporada, somando agora nove gols.
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No confronto com o Coritiba, foi da cabeçada de Jenison, aos 29 minutos da segunda etapa, que veio a vitória. Antes, João Pedro tinha marcado aos 43 do primeiro tempo e Luiz Otávio aos 15 do segundo. O camisa 9, então titular absoluto, começou a partida esquentando o banco. Aos 14 da etapa complementar, entrou em campo e, como já esperava o técnico Matheus Costa, resolveu.
“Conversei com o Jenison durante a semana e ele sabia que teria de vinte a trinta minutos de oportunidade no jogo. Sabíamos que ele faria o melhor e em algum momento esse gol ia sair e nada melhor do que ter saído justamente em um clássico, um jogo decisivo, que sabíamos da importância”, destacou o treinador.
Ao balançar as redes, o artilheiro deixou a emoção falar mais alto e caiu no choro, muito comovido por finalmente ter reencontrado o caminho natural do centroavante e deixar a cobrança e as vaias um pouco de lado.
Matheus Costa explicou que sempre confiou no atleta e que foi preciso saber lidar da maneira certa com essa situação para que Jenison não reagisse de forma negativa a todas essas cobranças.
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“Disse que ele não ia iniciar o jogo. Minha opção era dar lugar para o Bruno (Rodrigues) e centralizar o Ramon. Mas deixei claro que ele precisava se cuidar de uma pequena lesão que ele vem tratando e que deveria se preparar, que ele entraria para definir o jogo, porque o gol ia sair de forma natural”, detalhou o comandante paranista, que ouviu uma resposta positiva do jogador. “Ele falou que estava tranquilo e que o tempo que tivesse em campo iria se doar ao máximo. E foi assim”, contou.
O técnico explicou que entende as cobranças, mas que é necessário sempre ter muito tato para lidar com essa situação para utilizar isso de forma positiva. “É um camisa 9. Se fica dois ou três jogos sem fazer gol, sabe que abala, a torcida fica em cima. Nesses momentos tem que saber como gerenciar essas pequenas crises. Ele foi importante, muito importante na construção do resultado e quando entrou deu estabilidade ofensiva para nós”, enfatizou.
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Jenison, como não poderia deixar de ser, transpareceu muita alegria por ter contribuído com o placar e voltado a mostrar seu poder decisivo. “Eu sabia que ia dar certo. Nada acontece por acaso, se eu escolhi estar no Paraná sabia que algum motivo maior tem para isso. Esse gol é fundamental para mim, retoma a nossa confiança. Esse gol é do grupo”, concluiu o centroavante.
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