Brasileirão

Paraná joga mais e tem gol anulado, mas fica no 1 a 1

O Paraná foi melhor que o Ipatinga durante a maior parte do jogo de ontem à noite, no interior mineiro. Mas não conseguiu, mais uma vez, comprovar a superioridade com o resultado, e acabou empatando em 1a 1. O resultado deixa o Tricolor na 11ª posição no Brasileiro da Série B, sem atingir o alentador grupo dos dez primeiros colocados.

De enjeitado, Marcelo Toscano tinha virado salvador da pátria. O atacante que virou meia e chegou ao Paraná como ala retornava à posição original e virava titular -tudo pelo golaço marcado na vitória sobre o Atlético-GO. Ele teria a companhia de Adriano, o centroavante que não marcou sequer um gol em quase 700 minutos com a camisa tricolor. Eram as esperanças contra o Ipatinga.

Mas dois lances explicaram o fracasso da dupla no 1º tempo no Ipatingão. Por volta dos 25 minutos, todo o time foi para a área em um cruzamento de Rafinha -menos Adriano, perdido na linha intermediária. No final da etapa, Marcelo Toscano enveredou sozinho, e ao tentar a “pedalada’, tropeçou na bola e perdeu o lance. O centroavante que não faz gols e o atacante-que-virou-lateral-que-virou-atacante formaram um ataque ineficiente -para dizer o mínimo.

Além dos problemas ofensivos, o Paraná seguia achando que tinha um time melhor do que realmente tem. Os meio-campistas e os alas exageravam nos dribles e jogadas de efeito, todas sem sucesso. Assim, o Tricolor passou 47 minutos se conseguir uma chance sequer, apesar de ter a posse de bola pela maior parte do tempo.

O Ipatinga, apesar de se mostrar frágil, foi mais eficaz. O primeiro lance de perigo dos donos da casa acabou na rede de Zé Carlos. Aos 16 minutos, gramado atrapalhou Leandro e Adoniran e Luiz Fernando só rolou para Diego Silva abrir o placar.

“Esse jogo não está tão difícil quanto os (jogos) do Brasiliense e do Ceará”, afirmou o técnico Roberto Cavalo ao voltar do intervalo. Isto ficava evidente com o domínio tricolor, que passou a atuar com mais simplicidade. E quando Rafinha não exagera, ele resolve. E foi o que aconteceu aos 18 minutos – o camisa 10 paranista recebeu no meio-campo, partiu com objetividade e chutou forte de fora de área, deixando tudo igual no Ipatingão.

Aí virou um massacre. O Paraná chegava a todo instante, aproveitando-se da imensa fraqueza técnica dos donos da casa. Adriano acertou a trave em uma jogada sem goleiro. Rafinha entortava os zagueiros. Até Zé Carlos cobrou falta com perigo. E Leandro fez gol lícito e que acabou anulado pela arbitragem. Mas o jogo ficou no empate. E a fuga definitiva do risco de rebaixamento ficou para terça, na Vila Capanema, contra o vice-líder Guarani.